O rio-branquense não tem ocupado espaços culturais. Pelo menos, esta é a conclusão do levantamento realizado, entre 19 de fevereiro e 22 de maio, pelo Datafolha em todas as capitais brasileiras. O estudo aponta ainda que a maioria dos moradores não frequentou espetáculos, museus ou peças de teatro nos 12 meses anteriores à pesquisa.
As festas populares aparecem como a principal forma de acesso, com 31% dos entrevistados afirmando ter participado desses eventos, especialmente festas juninas, apontadas como mais tradicionais que o próprio Carnaval. Já o teatro foi frequentado por apenas 12% da população, enquanto 22% declararam ter ido a apresentações de dança; uma parte ainda menor (15%) relatou visita a museus ou exposições.
Os dados revelam, no entanto, que há um público em potencial que pode transformar esse cenário. Entre os que não foram a determinadas atividades, muitos declararam alto interesse em participar: no caso do teatro, por exemplo, 29% dos entrevistados disseram que gostariam muito de ter ido, número que mais que dobraria o público caso se convertesse em presença real.
A pesquisa também mostra que 71% dos moradores não foram a shows, mas quase um quarto desse grupo (23%) afirmou ter grande vontade de participar. Essa discrepância evidencia que fatores como preço dos ingressos, oferta limitada de atrações e acesso a espaços culturais podem estar restringindo a vivência cultural da população.
Veja o resumo:
- Shows de música: 71% não foram no último ano; 45% dos entrevistados declarou nunca ter ido.
- Teatro: apenas 12% foram; ou seja, a imensa maioria (88%) não foi no período, e uma parcela expressiva (66%) afirmou nunca ter ido a uma peça.
- Museus ou exposições: apenas 15% foram no último ano, com boa parte (62%) dos entrevistados dizendo que nunca visitou esses espaços.
- Dança: 22% foram; significa que 78% não participaram, sendo também significativo o percentual (59%) dos que nunca tiveram acesso.
- Festas populares: 31% foram; 69% não foram, mas o índice dos que nunca participaram é bem menor do que em teatro e museus (44%), já que as festas juninas, por exemplo, são bem frequentadas.
Além disso, a 59% dos entrevistados informou que atividades culturais acontecem em locais distantes dos bairros dos moradores entrevistados; 27%, perto e; 14%, no bairro onde moram.