O Acre registrou 13 mortes violentas intencionais (MVIs) no mês de julho de 2025, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). O número representa um aumento 30% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram registrados 10 casos.
Também houve alta de 8,33% na comparação com o mês anterior, junho de 2025, que fechou com 12 mortes. Com isso, o acumulado do ano chegou a 105 vítimas, contra 100 no mesmo período de 2024.
A capital, Rio Branco, lidera com 56 casos, seguida por Cruzeiro do Sul (15). Outros municípios com registros foram Epitaciolândia (4), Feijó (4), Sena Madureira (4), Senador Guiomard (4) e Tarauacá (4).
A maioria das mortes ocorreu à noite (38 casos), seguida de tarde (24), madrugada (22) e manhã (21). Das vítimas, 95 eram homens e 10, mulheres. No perfil demográfico, 87 eram pessoas pardas e a faixa etária mais atingida foi entre 30 e 34 anos, com 25 casos.
Quanto ao meio utilizado nos crimes, 59 mortes foram causadas por arma de fogo, 29 por arma branca, e 17 por outros meios.
As motivações identificadas foram:
- 38,1%: conflitos entre facções e tráfico de drogas;
- 23,81%: motivos fúteis, torpes ou envolvendo bebedeira;
- 20,95%: ainda sob investigação;
- 4,76%: feminicídios;
- 4,76%: mortes em intervenções policiais durante serviço;
- 3,81%: latrocínios (roubo seguido de morte);
- 1,9%: crimes passionais;
- 0,95%: intervenção policial fora de serviço;
- 0,95%: legítima defesa.