Rio Branco enfrenta desafios significativos no saneamento básico. Dados do o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa) 2023, divulgado pela organização Trata Brasil, mostram que apenas 53,13% da população da capital acreana têm acesso ao abastecimento de água, bem abaixo da média das capitais brasileiras, que é de 94,11%.
O cenário se repete na coleta de esgoto. Entre 2019 e 2023, a capital acreana apresentou uma queda de 1,74% na cobertura de esgoto, indicando retrocesso em vez de avanço na infraestrutura de saneamento.
O desempenho coloca Rio Branco em situação crítica até mesmo dentro da Região Norte, onde outras capitais também enfrentam dificuldades, como Macapá, com 40,04% de abastecimento de água e apenas 7,78% de coleta de esgoto, e Porto Velho, com 35,02% de água e 9,27% de esgoto coletado.
Apesar de pequenas variações ao longo do período, o crescimento dos indicadores não foi suficiente para ampliar o acesso aos serviços essenciais, deixando parte significativa da população sem água potável e sem esgoto coletado.
No documento divulgado pelo Trata Brasil, especialistas alertam que essa falta de cobertura impacta diretamente a saúde pública, aumentando os riscos de doenças de veiculação hídrica e prejudicando a qualidade de vida, especialmente em bairros mais vulneráveis da capital acreana.