A Prefeitura de Rio Branco deve decretar oficialmente situação de emergência nesta quarta-feira, 6, devido à severa estiagem que atinge o município. A confirmação foi feita pelo coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, que informou que o decreto é uma medida essencial para ampliar a resposta humanitária e técnica às áreas mais afetadas.
A decisão ocorre em meio à queda contínua do nível do Rio Acre, que atingiu nesta terça-feira, 5, a marca de apenas 1,52 metro — um centímetro a menos que o dia anterior. O volume atual está a apenas 29 centímetros da menor cota já registrada na capital, que foi de 1,23 metro, em setembro de 2024. Segundo a Defesa Civil, se o ritmo de estiagem continuar, o recorde negativo pode ser igualado ou até superado nas próximas semanas.
A seca já impacta fortemente a zona rural de Rio Branco. Um levantamento da Defesa Civil aponta que 72 comunidades estão sendo afetadas diretamente pela estiagem, sendo que 40 delas já estão recebendo apoio emergencial desde o dia 7 de julho. Estima-se que entre 28 mil e 30 mil pessoas — aproximadamente 6 mil famílias — estejam em situação de vulnerabilidade.
“O solo está extremamente seco e sem previsão de chuvas significativas. Essa é uma das piores estiagens já enfrentadas por Rio Branco”, destacou o tenente-coronel Cláudio Falcão. Em julho, choveu apenas duas vezes, com um acumulado de 8,8 milímetros — volume muito abaixo da média histórica para o mês, que é de 29,3 mm.
O decreto de emergência deve facilitar o acesso a recursos federais e estaduais, bem como acelerar medidas de apoio às populações atingidas.