O delegado Vinicius Almeida, responsável pela investigação do caso da recém-nascida Aurora Maria, informou que a profissional suspeita de causar queimaduras graves na bebê, durante um banho na Maternidade do Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, foi indiciada por lesão corporal de natureza gravíssima, em decorrência de deformidade permanente, e também por perigo de vida.
A investigação aponta que a suspeita agiu sob dolo eventual, assumindo o risco de provocar o resultado das lesões. Para este tipo de crime, a pena varia de um a cinco anos de prisão, mas pode ser ampliada caso seja confirmada a deformidade permanente, chegando a dois a oito anos.
Aurora Maria e sua família retornaram a Cruzeiro do Sul na quarta-feira, 6, após mais de um mês de tratamento no Centro de Tratamento de Queimaduras do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Durante o período, a bebê chegou a ficar 39 minutos sem batimentos cardíacos, mas apresentou melhora significativa.
Além disso, exames genéticos descartaram a hipótese de epidermólise bolhosa, doença rara inicialmente cogitada como causa das lesões. O laudo apontou que as erupções começaram no primeiro dia de vida e se espalharam rapidamente pelas pernas, pés e tornozelos, com evolução para queimaduras de segundo e terceiro graus.