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Três casos de raiva bovina são confirmados no Acre; Idaf reforça importância da vacinação e notificação imediata

Três casos de raiva bovina são confirmados no Acre; Idaf reforça importância da vacinação e notificação imediata

Foto: Ascom/Idaf

Três casos de raiva bovina foram confirmados no estado do Acre, sendo um no município de Cruzeiro do Sul e dois em Mâncio Lima. A informação foi confirmada ao portal A GAZETA por Maria do Carmo Portela, coordenadora estadual do Programa de Controle da Raiva de Herbívoros do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf).

A confirmação se deu após a chegada, nesta quarta-feira, 13, dos resultados da prova biológica – exame complementar que confirma os casos já detectados por imunofluorescência direta – técnica laboratorial que utiliza anticorpos marcados com substâncias fluorescentes para detectar a presença de antígenos (proteínas) específicos em amostras de tecidos ou células.

“Recebemos hoje a confirmação dos três casos por prova biológica. Esses resultados apenas reforçam o diagnóstico que já havíamos recebido anteriormente. O trabalho de controle e bloqueio de foco já foi iniciado desde a primeira suspeita”, informou Maria do Carmo.

Segundo ela, assim que um produtor notifica o Idaf sobre um animal com sintomas neurológicos – como cambaleamento —, um médico veterinário da região é acionado para fazer a avaliação clínica. Caso a suspeita seja considerada procedente, o produtor é imediatamente orientado a vacinar todo o rebanho, além de ser iniciada uma investigação em um raio de 12 quilômetros da propriedade para detectar outros possíveis focos.

Esse trabalho é conhecido como “bloqueio de foco” e consiste na identificação de outros animais que tenham morrido ou apresentado sintomas semelhantes no mesmo período.

Apesar dos registros, Maria do Carmo afirma que a situação está sob controle. “Não estamos em uma epidemia. São casos pontuais, mas a vigilância é constante. Desde que o Idaf intensificou a divulgação e o monitoramento, temos recebido mais notificações de doenças neurológicas, o que nos permite agir com mais rapidez”, explicou.

Ela reforça ainda a importância da conscientização dos produtores e da colaboração da imprensa. “Quanto mais as pessoas estiverem informadas, maior é o nosso alcance na prevenção e no controle da doença”.

O que fazer em caso de suspeita?

Caso o produtor rural perceba sintomas compatíveis com raiva em seus animais, como desorientação, cambaleamento ou agressividade, deve entrar em contato imediatamente com o Idaf do seu município. Também é possível acionar o instituto por meio do perfil oficial no Instagram ou pelas redes sociais.

A raiva é uma zoonose grave e letal, que pode ser transmitida aos seres humanos. A vacinação preventiva e a notificação rápida são as principais formas de evitar surtos.

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