O cerco está se fechando para o presidente da Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTrans), Clendes Vilas Boas, acusado de assédio moral por vários servidores da pasta. Nesta terça-feira, 19, na Câmara Municipal, nove vereadores da base se uniram para pedir o afastamento imediato do gestor.
São eles o vice-presidente da mesa diretora, Leôncio Castro (PSDB), o líder do prefeito Tião Bocalom (PL) no parlamento-mirim, o também tucano Márcio Mustafá, além de Bruno Moraes, Aiache, Felipe Tchê, Samir Bestene (Progressistas), Moacir Junior (Solidariedade), João Paulo Silva (Podemos) e Elzinha Mendonça (Progressistas).
Eles se juntam aos seis parlamentares de oposição que também defendem o afastamento de Clendes – André Kamai (PT), Zé Lopes (Republicanos), Eber Machado, Neném Almeida e Fábio Araújo (MDB).
Com isso, o número de vereadores que cobram do prefeito o desligamento do presidente da RBTrans sobe para 14, ou seja, mais da metade das cadeiras na Casa.
A justificativa para o pedido, segundo o vice-presidente da Câmara, é para evitar interferência nas investigações de assédio e perseguição contra servidores que não teriam apoiado, em 2024, o candidato de Clendes para a Câmara, o ex-vereador João Marcos Luz (PL).
A situação do superintendente se complicou na semana passada após ele afirmar, na TV aberta, que, se houvesse investigações contra os vereadores sobre compra de voto, todos se complicariam.
“Se for levar [denúncias] a sério, não fica nenhum vereador lá. Porque se for levar a sério, acho que todos têm problema com o negócio da eleição”, disse Clendes.