A violência contra a mulher continua crescendo no Acre. Dados divulgados pela Polícia Civil do Acre (PCAC) apontam que, em julho de 2025, 122 mulheres foram vítimas de lesão corporal em todo o estado. O número representa um aumento de 14% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram registrados 107 casos.
Apesar de o mês de junho de 2025 ter apresentado um número ligeiramente maior (124 ocorrências), a comparação anual evidencia uma tendência de crescimento da violência. Como exemplo, nota-se o caso da capital. Rio Branco registrou 59 boletins de ocorrência em julho de 2025, contra 50 no mesmo mês de 2024, um aumento de 18%.
No interior, os números também cresceram: foram 63 registros em julho de 2025, frente a 57 no ano anterior.
Confira os dados por região:
- Juruá: 8 casos (2024) – 11 casos (2025)
- Tarauacá/Envira: 13 casos (2024) – 18 casos (2025)
- Alto Acre: 7 casos (2024) – 14 casos (2025)
- Purus/Iaco: 11 casos (2024) – 18 casos (2025)
- Rio Branco/Bujari/Porto Acre: 53 casos (2024) – 63 casos (2025)
- Baixo Acre: foi a única região com queda de 15 casos (2024) para 8 casos (2025)
Domingo concentra mais ocorrências
Domingo segue sendo o dia mais perigoso da semana para as mulheres. Em julho de 2025, foram 29 registros nesse dia, contra 24 em julho de 2024. Outros dias com altos índices foram:
- Segunda-feira: 19 casos (2025) — 15 (2024)
- Sábado: 18 casos (ambos os anos)
- Terça, quarta e sexta-feira também registraram números relevantes, com leves variações.
A noite concentra a maior parte das agressões. Foram 42 ocorrências em julho de 2025, contra 35 em 2024. A tarde também apresentou crescimento (de 19 para 33 casos). Já as manhãs tiveram queda (de 27 para 23), enquanto as madrugadas mantiveram o mesmo número (24 casos em ambos os anos).
Perfil das vítimas
A maioria das vítimas segue um padrão semelhante nos dois anos analisados. Em julho de 2025, 51 mulheres agredidas tinham entre 18 e 29 anos, grupo que também liderava em 2024, com 47 casos. A cor de pele mais recorrente entre as vítimas é parda: 47 casos em 2024 e 45 em 2025.