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Homem é espancado por membros de facção dentro de galpão abandonado em Rio Branco após ser acusado de furto

Homem é espancado por membros de facção dentro de galpão abandonado em Rio Branco após ser acusado de furto

O fim da tarde desta quinta-feira, 31, marcou mais um episódio de violência que insiste em se repetir nas periferias de Rio Branco. Marcos Alberto Silva do Nascimento, de 46 anos, foi brutalmente agredido por membros de uma facção criminosa dentro do galpão abandonado da antiga Afeletro, localizado na Avenida Antônio da Rocha Viana, bairro Santa Quitéria.

Dependente químico e em situação de vulnerabilidade, Marcos foi acusado por criminosos de praticar furtos em uma oficina mecânica da região. Ele caminhava sozinho por uma rua do bairro quando foi abordado por homens armados. Sem chance de defesa, foi levado à força até o interior do prédio desativado.

Ali dentro, cercado e encurralado, o homem foi violentamente espancado com pedaços de madeira do tipo “pernambucana”. As agressões deixaram marcas profundas: fraturas nas costas já foram confirmadas, e há suspeita de lesões graves nos braços e nas pernas. Ele só não teve a cabeça atingida porque, segundo seu próprio relato, o líder da facção ordenou que o poupariam da morte. “Ele disse que era pra não bater na cabeça nem no peito… que já tava bom”, relatou Marcos, com dificuldade, antes de ser socorrido.

Os criminosos fugiram após o castigo imposto. Sozinho e caído no chão do galpão, Marcos foi encontrado pela esposa, que chegou desesperada ao local. Ela pediu ajuda a moradores da região, que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Uma equipe de suporte avançado prestou os primeiros socorros e estabilizou a vítima, que foi levada ao pronto-socorro de Rio Branco. Apesar da gravidade das lesões, o estado de saúde de Marcos foi considerado estável.

Nenhuma das forças de segurança, nem Polícia Militar nem Polícia Civil, foi acionada formalmente sobre o caso. O silêncio em torno da violência, mais uma vez, se impôs sobre a periferia — como se a dor dos mais frágeis pudesse ser ignorada.

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