Ainda durante a visita ao Acre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se referiu diretamente ao senador Petecão (PSD) e fez um pedido: que ele não assine o documento que pede o impeachment de Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). A fala foi feita durante evento que anunciou uma série de recursos para o Estado.
“Por favor, Petecão, não assine o pedido impeachment de Alexandre de Moraes, porque ele está garantindo a democracia”, informou, acrescentando, ainda, uma fala polêmica: “Quem deveria ter o impeachment são esses deputados, senadores, que ficam tentando fazer greve para permitir que não funcionem a Câmara e nem o Senado”, informou.
O presidente ressaltou ainda que os dois primeiros anos de seu governo foram especialmente difíceis. “Foram dois anos muito duros, porque foram de reconstrução. Antes de nós, o Brasil não foi governado. Criaram um ‘gabinete do ódio que se dedicou a espalhar mentiras pela internet. Era uma máquina de mentiras”.
Lula afirmou que, agora, o país vive um novo momento. “Agora é a época da colheita. Aliás, é a época da verdade. Quem mentiu vai pagar muito caro por isso”.
Economia
Ao falar sobre os resultados econômicos, Lula enfatizou que, desde que deixou a presidência em 2010, o Brasil não havia mais registrado crescimento superior a 3%. “Nos últimos dois anos, crescemos acima de 3%. E vamos continuar crescendo. Temos hoje o melhor índice de emprego da nossa história recente. Estamos com o maior crescimento da carteira assinada no país.”
O presidente também celebrou os reajustes do salário mínimo. “Nós aumentamos o salário mínimo todo ano. E quando o PIB cresce, é porque o povo trabalhou. Ele tem direito a receber uma parte disso. Isso se chama justiça.”
Lula ainda compartilhou memórias pessoais sobre sua relação com a política. “Em 1979, eu era contra política. Dizia que não gostava de quem gostava de política. Mas tudo mudou quando o presidente Figueiredo enviou um projeto ao Congresso que proibia greves em diversas categorias, como bancários, trabalhadores da Petrobras e outros. Eu achei aquilo abominável. E foi aí que percebi que precisava entrar para a luta política, porque era a única forma de mudar as coisas”.
O presidente finalizou sua fala reforçando seu compromisso com a democracia, o desenvolvimento e o povo brasileiro: “Ou a gente aprende essa lição, ou vamos viver de mentira para sempre. Nós escolhemos a verdade. Nós escolhemos reconstruir o Brasil”.