A filiação do senador Márcio Bittar ao Partido Liberal (PL) movimenta o cenário político acreano nesta sexta-feira, 22. Para o ato, o parlamentar convidou várias lideranças nacionais da sigla, como os deputados federais Bia Kicis (DF) e Sóstenes Cavalcante (RJ) e os senadores Marcos Rogério (RO) e Izalci (DF), além do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e os senadores do Partido Novo, Eduardo Girão (CE) e Eduardo Gomes (TO).
Em coletiva de imprensa pela manhã, Bittar reforçou que migrou para o PL a convite do ex-presidente Jair Bolsonaro, também filiado à sigla. Ele disse ainda que a prioridade do PL em 2026 não é disputar o governo do estado, mas, sim, garantir sua reeleição ao Senado para que o parlamentar continue sua atuação nacional em defesa de Bolsonaro, que o senador diz sofrer perseguição política, e dos valores da direita.

“Nós temos uma chance muito grande de ganhar o governo federal no ano que vem. Isso acontecendo, você tem atores aqui que terão condições de nos ajudar a mudar a realidade da Amazônia. Esse é o meu sonho. O meu dever é acoplar no plano nacional”, frisou.
O prefeito de Rio Branco Tião Bocalom participou da coletiva e ressaltou o histórico de parceria política com Bittar, destacando o reforço que a chegada do senador representa ao partido no Acre.
“Ele [Márcio Bittar] tem uma postura em defesa da Amazônia como poucos têm nesse país. Sempre estivemos juntos na mesma linha de batalha, defendendo um desenvolvimento que coloque o ser humano como protagonista. Agora, dentro do mesmo partido, temos ainda mais segurança para seguir esse caminho”, disse o prefeito.

“Sua vinda nos dá mais força”
A deputada federal Bia Kicis, vice-presidente do PL Mulher, celebrou a filiação de Bittar, destacando que a chegada do senador fortalece a legenda, que segue em expansão nacional.
“Ele é um parlamentar que admiro muito e que defende os mesmos valores do PL. Sua vinda nos dá ainda mais força. O partido cresceu nas últimas eleições e continua se consolidando como uma das maiores forças políticas do país”, afirmou.

Kicis também foi questionada sobre uma possível candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro à presidência, uma vez que o ex-presidente encontra-se inelegível. Para a deputada, o cenário ainda é incerto, mas o nome de Michelle surge com força no debate político.
“Na política tudo é possível. O nome dela é inquestionável em todo o Brasil. Se o presidente Bolsonaro não puder disputar, sem dúvida alguma ela está em posição de concorrer ao cargo que desejar.”
Sem mágoas
Márcio Bittar afirmou que sua saída do União Brasil se deu pela porta da frente e não teve relação com a federação firmada entre a sigla e o Progressistas, mas foi fruto de um convite direto do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Foi uma decisão pensada, conversei com o presidente Bolsonaro e ele compreendeu que eu queria sair pela porta da frente. Tenho boa relação com as lideranças do União, mas entendi que este era o momento certo. Estou, agora, no meu lugar”, declarou o senador.
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