Os senadores acreanos Márcio Bittar e Alan Rick, ambos do União Brasil, constam na lista de parlamentares que assinaram o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Só falta uma, uma assinatura para que o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes tenha os votos necessários para sua admissibilidade. Eu fui um dos primeiros a assinar. E sabe por quê? Tome essa decisão com total responsabilidade, amparado na Constituição. Porque como senador da República, eu tenho o dever de zelar pelo equilíbrio entre os poderes, pela legalidade e pelas garantias fundamentais que protegem todo cidadão, independentemente de quem seja. Há hoje preocupações legítimas sendo levantadas por juristas, parlamentares e parte da sociedade quanto às medidas adotadas no âmbito das investigações ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos atos do dia 8 de janeiro”, disse o senador Alan Rick.
Da bancada do Acre na Casa, apenas Sérgio Petecão, do PSD, ainda não se manifestou favorável à proposta.
No Senado, são necessários 41 votos para que um pedido de impeachment entre em pauta. Quarenta já assinaram.
Prisão de Bolsonaro
A proposta de impedimento do ministro é uma estratégia da ala bolsonarista do Congresso para frear o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve a prisão decretada nesta segunda-feira, 4, após descumprimento de medidas cautelares.
Na ocasião dos protestos anti-STF de domingo, 3, o ex-presidente veiculou conteúdo nas redes sociais dos filhos, violando o que havia determinado Moraes no conjunto de restrições impostas ao ex-presidente no mês passado.
Bolsonaro é réu em cinco processos no Supremo, entre eles tentativa de abolição do estado democrático de direito no contexto das eleições presidenciais de 2022, quando saiu derrotado para Lula (PT).
A acusação sustenta que a trama golpista, supostamente chefiada pelo ex-presidente, culminou nos atos de vandalismo contra as sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023.
A ideia do ato, segundo a denúncia, era criar um clima de caos na capital do país para justificar reação das forças armadas, em um planejamento que incluía até mesmo o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e de Moraes.
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