A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou nesta sexta-feira (19/9) que o governo federal eliminou, entre 2023 e 2025, mais de 44,5 mil cargos públicos classificados como obsoletos. “Temos cargos que foram criados na década de 1970 e que hoje já não fazem mais sentido”, afirmou Dweck, em entrevista à GloboNews.
Segundo ela, a equipe ministerial identificou funções que há anos não contam com concursos e que, na avaliação do governo, não serão mais necessárias. Entre as funções extintas estão as de datilógrafo, ascensorista, motorista e auxiliar de enfermagem — postos considerados ultrapassados frente às demandas atuais da administração pública.
Além desses, outros 21,6 mil cargos ainda ocupados na área da educação também estão previstos para extinção. A ministra explicou que essas funções passarão por um processo de reestruturação, sendo “transversalizadas” — ou seja, transformadas em cargos mais amplos, com atribuições menos específicas e maior adaptabilidade.
“Conforme esses cargos forem sendo desocupados, eles serão convertidos em posições com atribuições mais genéricas, o que permite maior flexibilidade para atender às necessidades da administração”, explicou.
Esther também destacou que, nos últimos anos, o número de desligamentos no serviço público federal superou o de novas admissões. Segundo a ministra, houve uma redução líquida de mais de 70 mil servidores no período recente. Em contrapartida, a previsão é que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contrate cerca 20 mil servidores até 2026, conforme a ministra revelou em entrevista ao Correio.
A titular da pasta ainda reforçou que haverá uma redução de quantitativo de servidores, impulsionada pelo forte processo de transformação digital. “É importante dizer que o fato de ter transformação digital não significa que não terão mais concurso, mas os quantitativos serão menores daqueles que estão saindo”, ressaltou.