8 de setembro de 2025
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

8 de setembro de 2025
Sem resultados
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
Sem resultados
View All Result

Síndrome de Moyamoya muda o destino de jovem de 26 anos

Aos 26 anos, Ana Binda luta contra a síndrome de Moyamoya, doença degenerativa rara que a deixou em estado vegetativo.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
08/09/2025 - 09:53
Foto: arquivo pessoal

Foto: arquivo pessoal

Manda no zap!CompartilharTuitar
RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR

Em 2019, a vida de Ana Binda, então universitária de arquitetura e urbanismo, mudou radicalmente. Diagnosticada com a síndrome de Moyamoya, uma condição rara que afeta os vasos sanguíneos do cérebro, a jovem, que hoje tem 26 anos, passou a morar em uma clínica em Vitória (ES) após complicações que pioraram seu quadro.

A trajetória de Ana começou a chamar a atenção ainda na infância. Com oito meses, foi diagnosticada com hidrocefalia; com 1 ano e seis meses, teve estrabismo horizontal e vertical que precisou de cirurgia; e aos 17 anos, enquanto andava de bicicleta, perdeu os sentidos e desmaiou na rua – sinal de que algo mais grave estava por vir.

Após exames de imagem, os médicos identificaram que a artéria carótida (vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro) estava completamente obstruída e algo parecido com uma “nuvem de fumaça” foi identificado dentro do cérebro.

Os especialistas recomendaram, então, cirurgia de revascularização cerebral. O procedimento foi bem-sucedido, mas as complicações no pós-operatório – trombose, convulsões e hemorragia – mudaram para sempre a rotina da família.

A força de uma mãe

Professora aposentada, Rovânia Binda, 57 anos, mãe e cuidadora integral da Ana, relata o desgaste físico e emocional da jornada. “É muito difícil ver o sofrimento da minha filha e da família. É como ver alguém morrendo aos poucos sem ter controle da situação”, desabafa.

Desde então, Ana sobrevive entre tratamentos complexos, quase 30 comprimidos diários e acompanhamento multiprofissional. Ela não anda, perdeu a fala e grande parte da visão, mas segue se comunicando por gestos e quadros para a escrita. Ana também faz uso de canabidiol, que reduz a frequência e intensidade das convulsões.

O que é a síndrome de Moyamoya?

A doença de Moyamoya (MMD) é uma condição rara que afeta os vasos sanguíneos do cérebro e foi identificada pela primeira vez no Japão, em 1957. O problema acontece porque algumas artérias importantes, que levam sangue para o cérebro, começam a se estreitar de forma progressiva até, em alguns casos, se fecharem por completo.

Quando isso ocorre, o corpo tenta se adaptar criando novos vasinhos para manter a circulação. No entanto, eles são muito finos, frágeis e desorganizados. Ao serem vistos em exames específicos, como a angiografia cerebral, eles formam uma imagem que se parece com uma “nuvem de fumaça”.

É justamente dessa aparência que vem o nome Moyamoya, que em japonês significa “algo nebuloso ou esfumaçado”. A doença é rara, mais prevalente em países do Leste Asiático, com uma incidência anual entre 0,5 – 1,5 a cada 100 mil indivíduos, mas é mais baixa em outras regiões, como a América do Norte (0,1 por 100 mil). Os pacientes costumam começar a sentir os sintomas em duas fases da vida: entre 5 e 10 anos e entre 30 e 40 anos.


Principais sintomas da síndrome de Moyamoya

  • Convulsões intensas e frequentes.
  • Dores de cabeça persistente e dificuldades de memória e raciocínio.
  • Desmaios e perda de consciência.
  • Dificuldades para falar.
  • Alterações na sensibilidade do corpo.

Faz-se ainda a distinção entre MMD primária e secundária: a primária ou idiopática é definida como estenose bilateral da artéria carótica interna intracraniana e seus principais ramos, que não é de origem aterosclerótica nem inflamatória. Para a medicina, ainda permanece basicamente desconhecida.

A MMD secundária, que é o caso de Ana, também é conhecida como “quase doença de Moyamoya”. Ela compartilha achados angiográficos com outras doenças autoimunes (doença de Graves, lúpus eritematoso sistêmico, arterosclerose, síndrome de Down, síndrome de Turner e hematológicas como doença falciforme, por exemplo). A síndrome de Moyamoya não tem cura, e a cirurgia de revascularização é a principal estratégia.

Um caso médico raro

Segundo o médico Feres Chaddad, chefe da neurocirurgia vascular da Unifesp, o caso de Ana chamou a atenção por fugir do padrão. “Ela apresentou como manifestação inicial movimentos involuntários, sem sinais de AVC. Esse tipo de quadro é extremamente raro em adultos com Moyamoya”, explica.

O especialista destaca que esses movimentos podem ser consequência da redução do fluxo sanguíneo em áreas profundas do cérebro, como os gânglios da base e o tálamo, fundamentais para o controle motor. Esse detalhe torna a história de Ana ainda mais única dentro da síndrome, que já é rara.

Resistência em meio às perdas

Mesmo diante de tantas limitações, Ana mantém traços da jovem sonhadora que sempre foi. É apaixonada por futebol – deixou de ser vascaína e passou a torcer pelo Flamengo, tema de sua última festa de aniversário – e adora assistir a jornais na TV. “O psicólogo disse que ela não se enxerga, de jeito nenhum, como doente ou limitada. Ela tem vontade de viver”, relata a mãe.

Para Rovânia, a luta é diária, mas também marcada por afeto. “Busco ser forte e aprender, porque, no Espírito Santo, não havia informações sobre essa doença. Precisei viajar para São Paulo e Brasília para entender o que a Ana tinha. Hoje, sei que cada pequeno gesto dela é uma vitória”, diz.

A história de Ana é, ao mesmo tempo, um relato de dor e testemunho de resiliência. Ela é uma jovem que, apesar da síndrome devastadora, continua sendo lembrada por sua inteligência, alegria e pela forma como segue amando a vida.

Por Metrópoles

Siga 'A Gazeta do Acre' nas redes sociais

  • Canal do Whatsapp
  • X (ex-Twitter)
  • Instagram
  • Facebook
  • TikTok



Anterior

Acre zera focos de incêndio nos últimos dias, mas qualidade do ar ainda preocupa

Mais Notícias

Foto: Getty Images | Arquivo
7º guia gazeta

O cientista que usou a história de um serial killer para colocar a astrologia à prova

08/09/2025
Foto: Reprodução/Redes Sociais.
7º guia gazeta

Ataques e humilhações: saiba o que levou youtuber de direita a ser expulso da UnB

06/09/2025
Foto: Reprodução
7º guia gazeta

Jovem com ‘fascínio por armas’ é presa após matar namorado durante ensaio fotográfico

05/09/2025
Júlia Pimentel foi aprovada em medicina na Idomed — Foto: Divulgação
7º guia gazeta

Influenciadora de 16 anos é aprovada em Medicina e viraliza com redação sobre si mesma; mensalidade é de R$ 16 mil

04/09/2025
Escola de adestramento de cães em Guarulhos é alvo de investigação por maus-tratos — Foto: Reprodução
7º guia gazeta

Chutes e coleira de choque: polícia investiga escola de adestramento de cães após denúncia de maus-tratos

03/09/2025
PeopleImages/Getty Images
7º guia gazeta

Caminhada: personal dá 5 dicas para emagrecer mais com o exercício

02/09/2025
Mais notícias
Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
  • Receba Notícias no celular
  • Expediente
  • Fale Conosco

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre