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Nova espécie de bagre é descoberta na Amazônia

Nova espécie de bagre é descoberta na Amazônia

A primeira característica que chamou a atenção dos pesquisadores para a possibilidade de se tratar de uma espécie ainda não descoberta é uma faixa preta presente em toda a lateral do I. arceae - (crédito: Divulgação/Silva et al. 2025)

Pesquisadores do Instituto de Biociências de Botucatu da Universidade Estadual Paulista descobriram uma nova espécie de bagre, que recebeu o nome científico de Imparfinis arceae. O peixe um pequeno representante dos bagres e endêmico da bacia do rio Xingu.

O grupo descreveu as características morfológicas, relacionadas à aparência, e genéticas dos exemplares encontrados, evidenciando as diferenças existentes entre outras espécies do gênero Imparfinis e também o grau de proximidade da nova espécie com as outras conhecidas.

A primeira característica que chamou a atenção dos pesquisadores foi uma faixa preta presente em toda a lateral do peixe. “Existem algumas espécies de bagres que apresentam essa faixa lateral escura, mas elas não são tão amplas como essa, o que despertou nossa desconfiança”, citou o pesquisador Gabriel de Souza da Costa e Silva à Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O grupo realizou uma análise morfológica na qual foram coletadas diversas informações físicas de 20 indivíduos, como padrões de coloração, número de vértebras, comprimento, diâmetro dos olhos e tamanho da cabeça.

Isso permitiu demarcar algumas diferenças em relação à espécie Imparfinis hasemani, que também conta com uma faixa escura lateral e que poderia levar a confundir um exemplar com outro. Além dos padrões das faixas apresentarem tamanhos distintos, outras diferenças foram observadas: a I. arceae tem 39 vértebras, enquanto a I. hasemani conta com 40; os olhos da nova espécie também são menores e, além disso, o comprimento da cabeça é maior.

Ao obter e comparar as sequências dos diferentes peixes, os pesquisadores puderam comprovar que, além de compartilharem um código genético semelhante, os exemplares estudados apresentavam mais de 6% de divergência genética em relação a outras espécies do gênero Imparfinis. “Isso evidenciou o fato de que esses animais correspondem a uma nova espécie”, afirmou Gabriel.

Com informações da Agência Fapesp*

Por: Correio Braziliense

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