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“Dedo podre” no relacionamento? Médica revela como sair desse ciclo

“Dedo podre” no relacionamento? Médica revela como sair desse ciclo

Foto: Getty Images

Ao terem entrado em relacionamentos que não deram certo, algumas pessoas se consideram com “dedo podre”. A expressão, que diz respeito a escolher mal seus parceiros, vez ou outra viraliza nas redes sociais.

A médica psiquiatra Cíntia Sayd explica que a síndrome do dedo podre seria a tendência de repetir padrões de relacionamento que são prejudiciais à pessoa. Tratam-se de relações que não são saudáveis e seguem um padrão de repetição — algo comum entre algumas pessoas.

Para a expert, essa troca que gera malefícios tem correlação com vivências acumuladas desde a infância, como padrões herdados inconscientemente da família e ambientes de criação.

Por que as pessoas entram em situações assim?

Para além da herança familiar, a especialista pontua que continuar a escolher relações com padrões comportamentais semelhantes tem a ver com a necessidade do ser humano de repetir o mesmo hábito, algo “mais confortável” para o cérebro.

Cíntia explica que algumas pessoas se veem em padrões como esses inconscientemente.

“A autossabotagem acaba refletindo em investimento em relações que não vão dar certo. É uma sensação que toma as pessoas, aquela crença de não merecer algo de bom, não merecer ser feliz, não merecer alguém que esteja realmente envolvido e interessado, que tenha um cuidado verdadeiro e genuíno para se construir uma relação saudável.”

Como sair desses padrões?

Segundo a médica, a melhor forma é buscar um entendimento para essa situação, aprofundando seus conflitos e buscando ajuda profissional, inclusive, para que possa entrar num processo de autoconhecimento aprofundado e verdadeiro.

“Não tem como alguém se cuidar se não se autoconhecer primeiro. Conhecendo e enxergando suas próprias necessidades e desejos, a pessoa tem a possibilidade de se desvincular de crenças limitantes e conflitos que interferem na sua busca por lugar, por autorização das suas próprias necessidades, desejos, sonhos…”, reforça.

Por fim, ao se perceber repetindo este ciclo, imponha limites. “Temos uma crença de que para conquistar o amor verdadeiro, a gente precisa sofrer muito. Para viver um amor de verdade, é preciso que exista um compartilhamento, uma troca, um equilíbrio entre as pessoas. Não dá para só dar e não receber nunca, porque quando há um desequilíbrio nessa relação, com certeza haverá alguém prejudicado.”

Fonte: Metrópoles

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