O Ministério da Saúde está com inscrições abertas para instituições interessadas em ofertar programas de residência médica e multiprofissional em áreas estratégicas para o Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, serão financiadas 4 mil bolsas, o maior volume disponibilizado pela pasta nos últimos dez anos.
Do total, 3 mil bolsas são destinadas a programas de residência médica em especialidades como anestesiologia, radiologia e cirurgia oncológica. Outras mil contemplam programas multiprofissionais e em área profissional da saúde, abrangendo áreas como atenção à saúde da mulher, saúde mental e enfermagem obstétrica.
Podem participar universidades e hospitais federais vinculados aos ministérios da Saúde e da Educação, instituições públicas estaduais, municipais e distritais, além de entidades privadas sem fins lucrativos. As inscrições vão até 20 de outubro e devem ser realizadas pelo sistema SIG-Residências.
De acordo com o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço, a iniciativa integra o programa “Agora Tem Especialistas” e busca ampliar a formação de profissionais em regiões com maior carência. “Essa é uma iniciativa fundamental, pois permite que instituições interessadas em criar programas de residência contem com bolsas para os residentes”, afirmou.
A concessão das bolsas será priorizada para estados da Amazônia Legal — entre eles o Acre — com o objetivo de reduzir desigualdades regionais e ampliar o acesso da população a cuidados de saúde especializados. Programas já existentes também poderão receber bolsas adicionais, desde que ampliem suas vagas e passem por avaliação da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional (CNRMS).
Segundo Proenço, o investimento do Ministério da Saúde em programas de residência em 2025 será de R$ 1,8 bilhão, valor 32% superior ao aplicado em 2023. “Após a interrupção em 2023, o Pró-Residência foi retomado e agora vive sua maior expansão em dez anos. Isso vai contribuir significativamente para melhorar a formação de especialistas no país e, consequentemente, favorecer a melhor distribuição desses profissionais, qualificando os serviços e ajudando a reduzir o tempo de espera no atendimento da população”, destacou.