Antônio Severino de Souza, conhecido no submundo do crime como “Pirata”, foi executado a tiros, na última terça-feira, 2, em Evo Molares, localidade boliviana que faz fronteira com o município acreano de Plácido de Castro. A Polícia Nacional da Bolívia investiga o crime, cujas circunstâncias ainda não foram esclarecidas.
Pirata era ex-presidiário e ficou nacionalmente conhecido após ser um dos sete denunciados pelo Ministério Público do Acre (MPAC) pelo suposto envolvimento na execução de Gedeon Barros, ex-prefeito de Plácido de Castro, assassinado a sangue frio em maio de 2020, no estacionamento da Suframa, em Rio Branco.
Embora tenha sido denunciado, Antônio Severino não chegou a ser julgado. Em março deste ano, os promotores do caso pediram sua impronúncia, por falta de provas que ligassem diretamente o acusado ao crime. Outros quatro denunciados também foram beneficiados pela mesma decisão do MP. O caso de Gedeon, por ora, seguirá apenas com dois réus — João da Silva Cavalcante e Sairo Petronílio — que, segundo os promotores, teriam envolvimento direto na execução.
A motivação do crime, segundo o próprio Ministério Público, pode estar ligada a dívidas não quitadas e ao possível envolvimento do ex-prefeito em esquemas investigados pela Polícia Federal, o que levanta a suspeita de que a morte teria sido uma “queima de arquivo”.
Relembre o caso
Gedeon de Souza Barros, ex-prefeito de Plácido de Castro, foi morto a tiros no dia 20 de maio de 2021, no bairro Santa Inês, região do Segundo Distrito de Rio Branco. Segundo as investigações, dois homens chegaram em uma motocicleta, executaram Gedeon e fugiram em direção ao bairro Belo Jardim.
Os réus no caso são:
- Carmélio da Silva Bezerra (em liberdade);
- Clebson Rodrigues do Nascimento (foragido);
- João da Silva Cavalcante Júnior (preso);
- Liomar de Jesus Mariano (em liberdade);
- Saíro Gonçalves Petronílio (agora em liberdade provisória);
- Weverton Monteiro de Oliveira (preso em outro estado);
- Antônio Severino da Silva (assassinado).
As investigações apontaram que o crime teria sido motivado por uma dívida de R$ 130 mil que a vítima possuía com Liomar de Jesus Mariano, conhecido como Mazinho Mariano, ex-secretário de Esportes de Plácido de Castro. Ele e Carmélio da Silva Bezerra são apontados como os mandantes do crime.