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Fundador da Oracle supera Elon Musk como pessoa mais rica do mundo

Fundador da Oracle supera Elon Musk como pessoa mais rica do mundo

Elon Musk deixou de ser a pessoa mais rica do mundo nesta quarta-feira (10), posição agora ocupada por Larry Ellison, cofundador da Oracle, multinacional americana de tecnologia.

A fortuna de Ellison cresceu US$ 101 bilhões em um dia (cerca de R$ 546 bilhões, na cotação atual) e chegou a US$ 393 bilhões (R$ 2 trilhões) após o forte resultado trimestral da Oracle, divulgado na terça-feira (9). É o maior aumento em um único dia já registrado pelo índice de bilionários da Bloomberg.

Com isso, o patrimônio do executivo de tecnologia superou a fortuna de Musk, fundador da Tesla e da SpaceX de US$ 385 bilhões (aproximadamente R$ 2 trilhões).

Musk alcançou pela primeira vez o posto de pessoa mais rica do mundo em 2021, mas depois foi ultrapassado por Jeff Bezos, bilionário fundador da Amazon, e por Bernard Arnault, do conglomerado de luxo LVMH. No ano passado, recuperou a liderança e a manteve por pouco mais de 300 dias.

Na lista de bilionários da revista Forbes, que adota uma metodologia diferente, o fundador da Tesla segue como o homem mais rico do mundo, com uma vantagem de quase US$ 45 bilhões sobre Ellison — que ocupa a segunda colocação.

Oracle dispara com alta demanda de nuvem impulsionada pela IA
Ellison, de 81 anos, cofundador da Oracle e hoje presidente e diretor de tecnologia da companhia, concentra a maior parte de sua fortuna nas ações da gigante de software de banco de dados. Saiba mais sobre ele aqui.

As ações da Oracle, que já acumulavam alta de 45% no ano, saltaram mais 41% nesta quarta-feira. O desempenho nos papéis tem sido impulsionado pela demanda crescente de outras empresas por tecnologias ligadas ao desenvolvimento de Inteligência Artificial, como a nuvem.

Serviços de nuvem são fundamentais para Inteligência Artificial porque oferecem poder de processamento e armazenamento sob demanda. Com isso, as empresas podem desenvolver IA permitindo treinar modelos complexos, armazenar grandes volumes de dados e acelerar o desenvolvimento globalmente, sem altos investimentos em infraestrutura própria.

Nesse setor, companhias como OpenAI e xAI buscam ampliar a capacidade de computação para se manter competitivas, elevando os investimentos anuais a centenas de bilhões de dólares.

De acordo com o balanço financeiro da empresa, a Oracle teve lucro ajustado de US$ 1,47 por ação no trimestre, pouco abaixo dos US$ 1,48 por ação esperados por analistas de Wall Street, de acordo com a CNBC. A receita do primeiro trimestre foi de US$ 14,93 bilhões (aproximadamente R$ 80 bilhões).

Mesmo abaixo do esperado, o resultado representa uma alta de 12% em relação aos US$ 13,3 bilhões (cerca de R$ 71 bilhões) registrados no mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido ficou praticamente estável: US$ 2,93 bilhões, resultado idêntico ao do mesmo período do ano passado.

Ação na bolsa americana atinge nível recorde

Embora o resultado tenha ficado abaixo das expectativas dos analistas, as ações da Oracle abriram em alta na Nasdaq, índice que reúne empresas de tecnologia, alcançando o recorde histórico de US$ 325,90 (aproximadamente R$ 1.761) — a maior valorização diária da companhia desde 1992.

Por volta das 14h, as ações da Oracle registravam alta de 38,89%, sendo negociadas a US$ 335,43 (R$ 1.812).

O desempenho da Oracle também beneficiou fornecedores de semicondutores para data centers, como Nvidia, Broadcom e Advanced Micro Devices, cujas ações subiram entre 2,8% e 4,6 no início do dia. A concorrente CoreWeave teve um salto ainda maior, de 17%, segundo a Reuters.

No trimestre encerrado em agosto, a Oracle fechou quatro contratos bilionários com três grandes empresas do setor, impulsionada pela alta demanda por serviços de nuvem.

Por g1

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