Enfrentando crises econômicas e de mão de obra, a Itália se vê em um déficit de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Na tentativa de suprir essa necessidade, hospitais e instituições do país estão recrutando trabalhadores internacionais, incluindo brasileiros.
Segundo a presidente da Câmara de Comércio Itália-Brasil, Talita Dal Lago Fermanian, em entrevista à imprensa, “o Brasil tem profissionais talentosos e a Itália tem necessidade urgente. O desafio é apenas ligar os dois lados da ponte”.
A estratégia ganhou impulso após o decreto Milleproroghe, que flexibilizou o reconhecimento temporário de diplomas internacionais. Com isso, médicos e enfermeiros estrangeiros podem atuar de imediato enquanto aguardam a validação oficial de suas formações.
Os salários também são um destaque, podendo chegar a 7 mil euros, equivalente a R$ 44,6 mil.
As oportunidades não se limitam a hospitais e clínicas: há demanda também em geriatria, casas de repouso, centros comunitários e projetos humanitários. Além disso, após dois anos de trabalhos, os profissionais podem solicitar a cidadania.
O governo italiano também anunciou que emitirá, até 2028, quase 500 mil vistos de trabalho para estrangeiros. Isso faz parte de uma estratégia para lidar com o envelhecimento populacional e a escassez de mão de obra.
Por: Metrópoles