O Acre vive um momento histórico no enfrentamento ao fogo. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estado contabilizou 853 focos de queimadas entre 1º de janeiro e 3 de setembro de 2025, o que representa uma redução de 74% em relação ao mesmo período do ano passado, quando haviam sido registrados 3.325 focos.
A queda não é apenas expressiva, mas também rara dentro da série histórica de monitoramento. A média dos últimos 25 anos para o período ultrapassa 6 mil focos, o que coloca o resultado de 2025 em patamar bastante abaixo do esperado. Para se ter ideia, em 2020 o Acre somou mais de 9 mil queimadas, e em 2022 o número passou dos 11 mil, um dos piores índices já registrados.

Comparativo com anos anteriores
O recuo também se destaca diante de anos mais recentes. Em 2023, foram 2.094 focos no mesmo intervalo, e em 2024, 3.325. Agora, o dado de 2025 mostra que o estado conseguiu reduzir em quase quatro vezes o número de queimadas em apenas dois anos.
Julho, agosto e setembro — tradicionalmente os meses mais críticos por conta da estiagem amazônica — também apresentaram queda significativa. Em agosto de 2025, por exemplo, foram detectados apenas 517 focos, contra quase 2 mil no mesmo mês de 2024.
Dia da Amazônia
O Dia da Amazônia é celebrado em 5 de setembro porque nessa data, em 1850, o imperador Dom Pedro II sancionou a Lei nº 582, que criou a Província do Amazonas (atual estado do Amazonas).
Com o tempo, a data passou a ser usada como símbolo de valorização e conscientização sobre a importância da Floresta Amazônica, que ocupa cerca de 60% do território brasileiro e abriga a maior biodiversidade do planeta.
Hoje, o 5 de setembro é dedicado a ações de educação ambiental, mobilizações sociais e campanhas que buscam chamar atenção para a preservação da floresta e para os desafios enfrentados pelo bioma, como o desmatamento, as queimadas e a exploração predatória dos recursos naturais.