O aperto no orçamento tem sido a realidade de boa parte dos moradores de Rio Branco. De acordo com pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), em parceria com o Instituto Data Control, 44,3% da população afirmou que o salário não é suficiente para cobrir os gastos mensais. Outros 18,6% disseram que às vezes conseguem equilibrar as contas, enquanto apenas 29% afirmaram que a renda é suficiente para arcar com as despesas.
O estudo foi realizado no último dia 27 de agosto com 203 pessoas economicamente ativas em Rio Branco; a margem de erro é de 3% para mais e para menos.
Os dados revelam a limitação da renda da maioria: 72,4% dos entrevistados vivem com até R$ 1.518 por mês e apenas 1% declarou ganhar acima de R$ 7.591. Além disso, 49,5% das famílias dependem de apenas uma pessoa trabalhando para compor a renda, cenário que aumenta a vulnerabilidade financeira.
No mercado de trabalho, 54,8% da população está empregada, mas 36,1% não têm carteira assinada, o que reforça a precariedade das condições. Entre os que não trabalham, 45% afirmaram que sequer estão procurando emprego, enquanto 20% sobrevivem de “bicos”.
O estudo também mostrou que a instabilidade afeta a permanência no emprego: nos últimos 12 meses, apenas 12,4% trocaram de ocupação, mas 16,7% estão desempregados há mais de um ano.
Diante desses números, a pesquisa evidencia como o baixo poder aquisitivo e a falta de estabilidade no mercado de trabalho têm pressionado os lares da capital acreana, em um cenário em que o endividamento tende a crescer.