“Resistência e afirmação da identidade negra no Acre”. É assim que a idealizadora do Festival Afro Integrado, Nathânia Oliveira, define o projeto. No sábado, 27, o evento chega à sua 3ª edição, na Usina de Arte João Donato, em Rio Branco, das 8h às 12h.
A programação foi pensada para ser um movimento de combate ao racismo através da arte. Por isso, ele junta música, literatura, oficinas de mediação e contação de histórias com foco em autores negros e indígenas.

“A terceira edição visa ampliar ainda mais nossas ações, usando a arte como ferramenta para combater o racismo, a discriminação e a desigualdade”, explica a idealizadora.
Uma das atividades é o Workshop de Trança Nagô com a trancista Netty França, mentora de cursos, com 8 anos de experiência em tranças e idealizadora do Ateliê Janu Afro (link). Além disso, haverá Workshop de Dança Afro com o artista Thiago Matias,(link).
O festival será palco de muita música, contando com a apresentação de bandas locais e batalha de rima com alunos do Ensino Médio, posteriormente. Essa atividade busca estimular a criatividade e a expressão artística dos jovens, como conta Nathânia.

“Teremos batalhas de rima voltadas para estudantes do Ensino Médio de escolas públicas, como um estímulo à criatividade e à expressão artística através da palavra, incentivando o protagonismo juvenil e promovendo um espaço de reflexão sobre as questões étnico-raciais”, relata.
Para a formação e multiplicação de saberes, também será promovido debates sobre empreendedorismo negro, racismo ambiental, comunidades tradicionais e processos artísticos afrocentrados, em formato de mesas temáticas com a participação de artistas e ativistas de movimentos sociais.
“Pensando em proporcionar uma experiência inclusiva, o Festival Afro Integrado está comprometido em garantir a acessibilidade a todos os participantes”, finaliza.