A beleza do Acre vai muito além de ser apenas um pequeno estado que conquistou seu espaço entre tantos gigantes: ela está em reconhecer aqueles que contribuíram para o que somos hoje. O Museu da Borracha Governador Geraldo Mesquita, localizado na Avenida Ceará, nº 1144, no centro de Rio Branco, reúne um amplo acervo que retrata em detalhes a história do povo acreano e oferece ao visitante a experiência única de viajar no tempo.

O Museu da Borracha foi inaugurado em 1978 e mantém viva a memória da Revolução Acreana, destacando os ciclos da borracha no estado. A experiência no local é enriquecida por recursos de áudio e vídeo que transportam os visitantes para aquela época. A história narrada vai desde a chegada dos nordestinos ao Acre até o fim do segundo ciclo da borracha, em 1945.
Para a coordenadora do Museu, Soraia de Oliveira Gomes, conhecer a própria história é essencial para fortalecer o sentimento de pertencimento e a valorização da terra. Segundo ela, compreender o sofrimento vivido por tantos seringueiros desperta em nós, acreanos, o mesmo amor que eles tiveram pela região e que devemos cultivar.

Imersão nas nossas origens
A coordenadora do museu apresentou à equipe do portal A GAZETA esse verdadeiro mergulho no tempo, com um acervo que inclui a casa do seringueiro, louças de cozinha, lamparina, sanfona e o fardamento utilizado por um soldado da borracha. O espaço conta ainda com um vasto acervo bibliográfico e uma hemeroteca, ambos preservados e disponibilizados para estudantes e pesquisadores interessados em consultas.
“Então, quase toda semana a gente está recebendo as escolas e eu vejo assim, é uma forma de levar o conhecimento através da visita aqui em nosso museu”, afirma Soraia de Oliveira Gomes, coordenadora do acervo.

O acervo é composto por 1.825 títulos, entre livros e revistas, que abordam diversos temas relacionados à história do Acre, da Amazônia e do Brasil. O espaço também tem recebido grupos de alunos e professores interessados em ampliar seus conhecimentos.
Além disso, a coleção reúne mais de 31.756 exemplares de jornais de todo o Estado do Acre, disponíveis para pesquisas. A exposição também apresenta os primeiros jornais do estado, revelando um pouco mais sobre a história e as notícias da época.

Inicialmente, o museu funcionava em uma das dependências do prédio da Assessoria de Comunicação, vinculado ao Departamento de Assuntos Culturais (DAC) da Secretaria de Educação e Cultura do Acre. Em 15 de janeiro de 1990, foi cedido à Fundação Cultural do Acre pelo superintendente do Ibama. Desde então, o espaço tem recebido inúmeros alunos, turistas, pesquisadores e amantes da história acreana.
O museu fica aberto para visitação de quarta a sexta, das 8h às 17h e aos finais de semana e feriados das 13h às 17h.
Ver essa foto no Instagram