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Quem era o pianista brasileiro assassinado pela ditadura Argentina e identificado 50 anos depois

Corpo de Francisco Cerqueira Tenório Júnior, o Tenorinho, foi identificado no último sábado, 13

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
14/09/2025 - 15:49
Tenorinho desapareceu enquanto estava em turnê pela Argentina e pelo Uruguai (Foto: Divulgação)

Tenorinho desapareceu enquanto estava em turnê pela Argentina e pelo Uruguai (Foto: Divulgação)

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“Um misto de alívio e tristeza”: foi assim que a família do pianista Francisco Cerqueira Tenório Júnior, conhecido como Tenorinho, classificou a confirmação de sua morte. A notícia de sua identificação foi informada pela Embaixada do Brasil na Argentina no último sábado, 13, quase 50 anos após ele desaparecer em Buenos Aires (Argentina).

“É um alívio porque, finalmente, podemos saber com mais segurança o que aconteceu com ele naquele triste março de 1976. De alguma maneira, estaremos mais próximos. Tristeza pela confirmação de que Tenório foi vítima da violência e enterrado como um desconhecido, longe da família, dos amigos, dos parceiros de música”, afirma o comunicado assinado pelos filhos Elisa, Andrea, Francisco e Margarida.

Tenório Jr. era pai de cinco filhos, o mais novo nasceu um mês depois de seu desaparecimento. Os filhos agora pedem uma nova investigação sobre o caso.

“Ainda queremos e precisamos de respostas. Quem matou Tenório? Por quê? Por que matar um homem sem nenhum envolvimento político, que só vivia para a música?”, publicaram.

Desaparecimento misterioso
Tenorinho era considerado um grande talento da bossa nova e do jazz e foi visto pela última vez em 18 de março de 1976, após um show no centro de Buenos Aires. Ele saiu do Hotel Normandie, onde estava hospedado, para ir a uma farmácia comprar cigarro e nunca mais foi visto. Dias depois, foi deflagrado o golpe militar de 24 de março na Argentina.

A identificação de Tenório Jr. foi realizada pela Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), uma organização científica independente, através da comparação de impressões digitais. O corpo de um homem encontrado em Don Torcuato, na região metropolitana de Buenos Aires, dois dias após o desaparecimento do pianista, em 20 de março de 1976, foi finalmente confirmado como sendo o de Tenorinho.

A autópsia da época indicou que o homem havia morrido por disparos de arma de fogo. As impressões digitais do caso de 1976 foram comparadas com as de Tenório arquivadas no Brasil, confirmando sua identidade. Embora seu corpo não tenha sido recuperado para a família, o músico foi enterrado no cemitério de Benavídez, em Buenos Aires.

Tenorinho estava em turnê pelo Uruguai e Argentina com Vinicius de Moraes, Toquinho, Mutinho e Azeitona quando desapareceu. Apesar de não ter atividades políticas, seu caso sempre foi intrigante. Vinicius chegou a percorrer hospitais e delegacias de polícia da capital argentina atrás do paradeiro.

Uma das versões é que ele pode ter sido confundido com um “subversivo” por ser “barbudo”. Na época, tanto Brasil, como Argentina viviam um período de perseguições, sequestros, torturas e mortes de opositores.

Quem era Tenorinho
Tenório Jr. nasceu no Rio de Janeiro e iniciou sua carreira artística aos 15 anos, quando estudava acordeão e violão. Em seguida, dedicou-se ao piano, instrumento com o qual ficou conhecido no universo musical.

Ao lado de consagrados nomes da música brasileira, Tenorinho compôs, lançou discos e participou de várias turnês e festivais no Brasil e no exterior. Na década de 1970, era um dos mais requintados músicos brasileiros, considerado mestre na fusão de bossa nova e jazz.

A confirmação da morte de Tenorinho após quase 50 anos trouxe um “mínimo de conforto para a família”, segundo Toquinho.

Toquinho disse ainda que o pianista “era de grande talento, considerado um dos músicos mais importantes da bossa nova”.

O desaparecimento do amigo faz parte dos versos de sua música “Lembranças”, que fez com Miltinho: “Tenório saiu sozinho na noite / Sumiu / Ninguém soube explicar”, diz a letra de Toquinho.

Outros amigos e colegas músicos, como a cantora e compositora Joyce Moreno, também se emocionaram com a notícia.

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“O que ele estaria fazendo hoje? Como estaria compondo? Até onde sua música o teria levado? E principalmente – até onde ele teria levado a música instrumental brasileira? Porque não foi só o desaparecimento de um homem, o que já é terrível. Mas foi também a perda de uma linguagem musical única, que ele começara a desenvolver”, escreveu a cantora no Instagram.

Já Fafá de Belém ressaltou: “Um dos maiores músicos que o Brasil nos entregou”, terminando com a frase “Ditadura nunca mais”.

Fonte: Brasil de Fato (BfD)

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