O Santuário de São Peregrino em Rio Branco realiza, entre os dias 8 e 15 de setembro, sempre às 19h, o Setenário de Nossa Senhora das Dores – em homenagem à copadroeira da igreja. A celebração mobiliza a comunidade em uma semana marcada por espiritualidade, acolhimento e reflexão sobre o papel de Maria na tradição cristã. Além das celebrações litúrgicas, o evento inclui oração do terço, procissões, bênçãos especiais, bingo e atividades pastorais voltadas à escuta e acolhimento.
A devoção remonta ao século 13 e está ligada à contemplação dos sofrimentos enfrentados por Maria ao longo da vida de seu filho Jesus Cristo. Representada com sete espadas transpassando o coração, a imagem da santa simboliza a dor silenciosa e a força espiritual diante do sofrimento humano. Na capital, essa manifestação de fé se consolidou como uma das expressões mais significativas da religiosidade local. A expectativa é de que fiéis de diferentes bairros da capital e de municípios vizinhos participem das atividades ao longo da semana.

Programação oficial
Segunda-feira (8/9), às 19h
1ª Noite | Maria escuta com fé a profecia de Simeão;
Terça-feira (9/9), às 19h
2º Noite | Maria foge para o Egito com Jesus e José;
Quarta-feira (10/9), às 19h
3ª Noite | Maria procura Jesus em Jerusalém;
Quinta-feira (11/9), às 19h
4ª Noite | Maria encontra-se com Jesus a caminho do calvário;
Sexta-feira (12/9), às 19h
5ª Noite | Maria ao pé da cruz de Jesus;
Sábado (13/9), às 19h
6ª Noite | Maria recebe aos braços Jesus descido da cruz;
Domingo (14/9), às 19h
7ª Noite | Maria deposita Jesus no sepulcro;
Segunda-feira (15/9), às 19h
Grande festa de Nossa Senhora das Dores, com bingo.
Marias do Brasil revelam diversidade da fé mariana em cidades de norte a sul
A celebração em Rio Branco integra um cenário nacional de homenagens à Virgem Maria, que se multiplicam em diferentes cidades brasileiras no dia 8 de setembro. A data, marcada pela Festa da Natividade de Nossa Senhora, é também ocasião para festejos dedicados a padroeiras locais com nomes variados, como Nossa Senhora das Grotas, da Luz, da Guia, da Vitória, entre outras.
De Juazeiro, na Bahia, a Curitiba, no Paraná, passando por Mangaratiba (RJ), Dom Pedro (MA) e Descalvado (SP), a fé mariana se manifesta sob múltiplas formas. Embora as denominações variem, todas remetem à mesma figura central do cristianismo: Maria, mãe de Jesus.
As diferentes invocações atribuídas à Virgem não representam santas distintas, mas sim aspectos específicos da mesma presença espiritual. Cada nome está vinculado a contextos históricos, aparições, relatos de milagres ou necessidades particulares de comunidades que a reconhecem como intercessora e protetora.

Além das celebrações religiosas, a data coincide com aniversários de cidades como São Luís (MA), Vitória (ES), Exu (PE) e Mirassol (SP), o que reforça o entrelaçamento entre fé e história na formação dos municípios brasileiros.
A Igreja Católica reconhece essas manifestações como legítimas, desde que estejam em conformidade com a doutrina. Para os fiéis, o que prevalece é a proximidade espiritual que cada título oferece. Seja como Senhora da Graça, das Brotas ou do Monte Serrat, Maria permanece símbolo de acolhimento, proteção e fé.
Assim, o 8 de setembro se consolida como expressão da diversidade religiosa e cultural brasileira, em que a mesma santa é celebrada sob diferentes nomes, mas com devoção igualmente intensa. Na capital do Acre, essa fé se traduz em sete dias de oração, esperança e comunhão.