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Policial penal é condenado a quase 20 anos de prisão por matar jovem na Expoacre

Policial penal é condenado a quase 20 anos de prisão por matar jovem na Expoacre

Foto: Reprodução

O policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto foi condenado nesta quinta-feira, 18, a 19 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado, importunação sexual e lesão corporal grave. A decisão foi proferida pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco e homologada pelo juiz responsável, que também determinou a perda do cargo público e a execução provisória da pena.

O crime ocorreu na madrugada de 7 de agosto de 2023, durante a última noite da Expoacre. Na ocasião, o policial penal teria importunado sexualmente a companheira de Wesley Santos da Silva, de 20 anos, o que desencadeou uma série de discussões. Em seguida, ele efetuou disparos contra o casal.

Wesley não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois, enquanto a jovem sobreviveu com graves lesões.

A investigação apontou que o réu agiu de forma intencional e sem possibilidade de defesa para as vítimas. O Ministério Público do Acre, representado pela promotora de Justiça Maisa Arantes Burgos, sustentou a acusação durante o julgamento e obteve a condenação.

O caso foi submetido a júri popular após duas audiências de instrução realizadas neste ano. Antes da sessão, a Justiça rejeitou o uso de documentos apresentados fora do prazo pela assistente de acusação e homologou a dispensa de uma testemunha que não havia sido localizada.

A defesa sustentou a tese de legítima defesa, alegando que o policial penal teria sido agredido dentro e fora do evento e só usou a arma para proteger a si e a familiares. O argumento, contudo, não convenceu os jurados, que acolheram a versão do Ministério Público.

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