O prefeito de Rio Branco e presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), Tião Bocalom, participou nesta quinta-feira, 25, das Oficinas de Planejamento Territorial da Faixa de Fronteira Amazônica – Arco Norte e Rondônia, promovidas pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) com apoio do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam). O encontro reuniu gestores municipais, técnicos e representantes da sociedade civil para debater desafios e potencialidades da região de fronteira, com atenção especial ao desenvolvimento sustentável, segurança e fortalecimento das comunidades locais.
Em seu pronunciamento, Bocalom destacou a importância da união entre os prefeitos e da troca de experiências como caminho para fortalecer a gestão pública. Ele fez questão de valorizar o trabalho dos gestores presentes, ressaltando que, mesmo diante de dificuldades específicas de cidades isoladas ou com recursos limitados, o compromisso dos prefeitos tem gerado bons resultados para a população. “É gratificante observar prefeitos empenhados em compartilhar práticas, otimizar recursos e buscar juntos soluções para as demandas da população. A gestão pública ganha quando se pauta pela união e pelo diálogo”, afirmou.
O prefeito também chamou atenção para um ponto considerado central: a necessidade de segurança como base para qualquer projeto de desenvolvimento regional. Segundo ele, o avanço do crime organizado na faixa de fronteira representa um obstáculo grave, tanto para a melhoria da qualidade de vida da população quanto para a atração de investimentos. Bocalom reforçou que a atuação dos governos federal e estadual é indispensável para apoiar os municípios e garantir condições mínimas de estabilidade. “Nenhum investidor virá se não houver segurança garantida”, declarou.

Outro aspecto enfatizado por Tião Bocalom foi a relação entre o ser humano e o meio ambiente. O prefeito criticou visões que colocam as pessoas como inimigas da natureza e defendeu políticas públicas que conciliem preservação ambiental e desenvolvimento humano. Para ele, a educação ambiental e a conscientização são instrumentos capazes de transformar o meio ambiente em parceiro da qualidade de vida. “Não aceitarei a ideia de que o ser humano deva ser escravo do meio ambiente. Precisamos enxergá-lo como aliado. É possível promover sustentabilidade sem abrir mão do progresso e da dignidade das pessoas”, afirmou.
Como presidente da Amac, Bocalom reforçou o papel da associação na representação das demandas municipais e destacou a importância de ouvir a população local, incluindo comunidades indígenas, sobre os principais desafios da região. Para ele, o verdadeiro desenvolvimento da Amazônia depende da escuta ativa e da valorização de quem vive no território.
As oficinas fazem parte da elaboração dos Planos de Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira (PDIFs), que vão orientar políticas voltadas para os estados do Arco Norte e Rondônia. Entre os eixos discutidos estão ordenamento territorial, infraestrutura, atividades produtivas sustentáveis, povos indígenas e integração regional.
Fonte: Secom Prefeitura