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Datafolha: 54% dos brasileiros são contra anistia para Bolsonaro

Datafolha: 54% dos brasileiros são contra anistia para Bolsonaro

Ex-presidente Jair Bolsonaro em casa, durante julgamento do STF; prisão e inelegibilidade ampliam disputa por herança bolsonarista (Foto: Sergio Lima / AFP)

Mais da metade dos brasileiros é contra a aprovação de uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) , condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.

Segundo o Datafolha, 54% dos 2.005 eleitores escutados pela pesquisa em 113 municípios do país rejeitam que o Congresso Nacional dê andamento à proposta que concede perdão a Bolsonaro. No outro lado, 39% defendem a anistia. Ainda segundo o levantamento, 2% se dizem indiferentes ao tema, enquanto outros 4% não souberam opinar.

A pesquisa também aponta que 61% dos entrevistados rejeitam o perdão para os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. A invasão dos três poderes em Brasília soma 1.630 ações penais, com 683 condenações.

Bolsonaro é o primeiro ex-presidente brasileiro condenado por tentar dar um golpe na história do Brasil, podendo ser preso em regime fechado com o fim dos recursos. Atualmente, o líder da extrema-direita brasileira cumpre prisão domiciliar cautelar.

No julgamento da última semana, quatro dos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal votaram por sua condenação e prisão em regime fechado.

A campanha pela anistia defendida pela família Bolsonaro foi abraçada pelos partidos do chamado Centrão um pouco antes do começo do julgamento e tem sido estimulada internacionalmente pela atuação de Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do ex-presidente, junto ao governo do aliado Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

Ao saber da condenação de Bolsonaro, Donald Trump se mostrou “surpreso” e “descontente” com a decisão do STF. “É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram”, disse ele. Marco Rubio, secretário de estado do país, prometeu resposta por parte dos EUA.

Até o momento, a tentativa de Eduardo de livrar seu pai da prisão gerou a implementação de tarifas de 50% às exportações de produtos do Brasil aos EUA e punições a ministros do STF, principalmente Alexandre de Moraes.

Em um comunicado na última semana, a porta-voz da Casa Branca defendeu as sanções ao Brasil e disse não ter medo de usar o poder militar por “liberdade de expressão”.

Fonte: Brasil de Fato

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