O secretário municipal de Educação de Acrelândia, Huruey Lima, permanecerá no cargo mesmo após ser acusado de assédio moral e perseguição a servidores. A decisão foi confirmada pelo prefeito Olavo Francelino de Rezende, mais conhecido como Olavinho Boiadeiro (Republicanos), em entrevista à Rede Amazônica.
Segundo ele, a permanência do gestor se manterá enquanto estiverem em andamento a sindicância interna aberta pela prefeitura e o inquérito instaurado pelo Ministério Público do Acre (MPAC).
As denúncias contra Lima apontam para condutas reiteradas de constrangimento, humilhações, ameaças de exoneração sem justificativa técnica e isolamento deliberado de servidores. O MP também apura acusação de que o gestor teria exigido serviços pessoais de um funcionário público.
De acordo com o prefeito, o próprio secretário classificou as acusações como “exageradas”. Rezende disse ainda não ter sido informado sobre solicitações de trabalhos em benefício particular. “Por enquanto, ele continua”.
O inquérito civil conduzido pela Promotoria de Justiça de Acrelândia prevê a oitiva de vítimas, testemunhas e do próprio gestor, além da requisição de documentos. A polícia local também foi acionada para dar continuidade a investigações sobre eventuais crimes contra a honra e possível prática de concussão.
O MPAC determinou ainda a abertura de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) na prefeitura e solicitou que as vítimas recebam atendimento pelo Centro de Atendimento à Vítima (CAV), responsável por acolher e orientar pessoas em situações de violência psicológica, moral ou institucional.
A expectativa é que o secretário se pronuncie oficialmente sobre as acusações ainda nesta segunda-feira, 8.