Rio Branco encerrou 2024 com gestão fiscal classificada como de excelência pelo Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). A capital do Acre obteve nota 0,8023, acima da média nacional (0,6531) e superior à média das capitais (0,7888). O desempenho foi impulsionado por três dos quatro indicadores avaliados: autonomia, investimentos e liquidez.
Segundo a Firjan, Rio Branco registrou nota 0,8932 em autonomia, o que indica capacidade de arrecadação suficiente para manter a estrutura administrativa sem depender excessivamente de transferências. Em investimentos, a cidade alcançou 0,9029, sinal de que aplicou parcela relevante do orçamento em obras e aquisições. Já na liquidez, obteve pontuação máxima (1,0000), demonstrando que encerrou o exercício com caixa suficiente para saldar compromissos pendentes.
O único ponto de atenção foi o indicador de gastos com pessoal, que ficou em 0,4132. A nota revela rigidez orçamentária, com parte significativa da receita comprometida com folha de pagamento e previdência. Essa situação limita a capacidade de investimento e a resposta a imprevistos econômicos.
Com esse desempenho, Rio Branco ficou em 13º lugar entre as 26 capitais avaliadas. O grupo, em média, apresentou boa saúde fiscal. Capitais como Vitória lideraram o ranking com notas máximas, enquanto outras enfrentaram dificuldades com liquidez e capacidade de investimento.
Para a Firjan, a excelência fiscal depende de quatro pilares: autonomia, controle de gastos com pessoal, liquidez e investimentos. Rio Branco avança em três deles. O desafio está em reequilibrar despesas obrigatórias para preservar os ganhos e ampliar a competitividade.