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Após ser solto, empresário suspeito de integrar esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro deve voltar ao Acre nesta semana

Após ser solto, empresário suspeito de integrar esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro deve voltar ao Acre nesta semana

Foto: Reprodução/Redes sociais

O empresário André Borges, um dos cinco suspeitos de integrar um esquema interestadual de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, na última segunda-feira, 15, pela Polícia Federal, teve alvará de soltura expedido ainda na última sexta-feira, 18, segundo informações divulgadas pela defesa.

O advogado Stéphane Quintiliano, que representa o empresário, informou que André foi detido em Ilhéus, onde estava com a família. “Foram determinadas as medidas cautelares diversas da prisão, contidas no art. 319 do Código de Processo Penal”, enfatizou o defensor.

Ainda segundo Stéphane, André deve voltar ao estado ainda nesta semana e se apresentar; no momento, ele tem de cumprir algumas determinações, como comparecimento periódico em juízo, recolhimento domiciliar, e proibição de frequentar determinados lugares no período noturno. “O uso do monitoramento eletrônico dependerá da disponibilidade. Teremos certeza quando ele se apresentar”, enfatizou Quintiliano.

A defesa ressaltou que a decisão levou em conta o fato de Borges ter residência e emprego fixos, além do fato de ser réu primário.

Os demais investigados na operação continuam presos.

Relembre o caso

Cinco empresários com atuação no Acre foram presos na última segunda-feira, 15, pela Polícia Federal, por  suspeita de integrar um esquema interestadual de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A ação faz parte da Operação Inceptio, que teve início em Rio Branco e se estendeu a outros sete municípios em seis estados.

Entre os detidos estão os irmãos John Müller, Mayon Ricary e Marck Johnnes Lisboa, além dos sócios André Borges e Douglas Henrique Silva da Cruz. O grupo é conhecido por promover eventos de grande porte e atuar em áreas como construção civil, produção artística e gestão de casas noturnas.

Segundo a PF, o grupo é suspeito de enviar grandes carregamentos de droga a partir do Acre para o Nordeste e o Sudeste. O dinheiro obtido com o tráfico era movimentado por meio de contas bancárias, criptoativos e empresas de fachada. A Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 130 milhões em contas e o sequestro de bens avaliados em R$ 10 milhões.

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