O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou, nesta quinta-feira (2/10), que todos os ativistas a bordo da flotilha Global Sumud serão deportados. Segundo o órgão, eles estão sendo conduzidos ao país para a realização dos procedimentos de deportação.
A declaração ocorre um dia após navios e soldados israelenses interceptarem as embarcações, que tinham como objetivo levar ajuda humanitária a Gaza. Ativistas de diferentes nacionalidades estavam a bordo., entre eles Greta Thunberg e o brasiliense Thiago Ávila.
Flotilha
- As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) começaram, nessa quarta-feira (1°/10), a interceptar barcos da Flotilha Global Sumud, que tenta levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
- A flotilha conta com ativistas, parlamentares e civis de 44 países e mais de 50 embarcações, incluindo brasileiros.
- Em uma das embarcações, chamada Grande Blu, estava a deputada Luizianne de Oliveira Lins (PT), que divulgou um vídeo previamente programado para publicação, no qual afirma que as forças armadas de Israel a sequestraram de forma ilegal e autoritária.
- Em outra embarcação, estava a vereadora Mariana Conti, a bordo do barco Sirius. Já o ativista brasiliense, Thiago Ávila, que participou da flotilha em outras ocasiões, seguia neste ano a bordo do barco Alma.
Em uma postagem na rede social X, o ministério se refere à flotilha como “Hamas-Sumud” e afirma que os passageiros estão em seus “iates”.
“Passageiros do Hamas-Sumud em seus iates estão viajando em segurança e paz para Israel, onde seus procedimentos de deportação para a Europa começarão. Os passageiros estão seguros e com boa saúde”, informou o ministério.
Ainda segundo eles, a “provocação Hamas-Sumud terminou”, e afirmaram que nenhuma embarcação conseguiu entrar “em uma zona de combate ativa ou violar o bloqueio naval legal”.
“Todos os passageiros estão seguros e com boa saúde. Eles estão se dirigindo com segurança para Israel, de onde serão deportados para a Europa”, relatou o ministério.
Apenas uma embarcação não foi interceptada e permanece distante de Israel, que, segundo o ministério, caso se aproxime, “também será impedida”.
Em uma das imagens, alguns ativistas aparecem sorrindo.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou, ainda nessa quarta, uma nota em que manifesta preocupação com a interceptação de embarcações: “No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas”.
Por: Metrópoles