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Vacinas de mRNA contra a Covid-19 podem ‘reprogramar’ o sistema imune e potencializar o tratamento do câncer

Pesquisa do MD Anderson e da Universidade da Flórida revela que vacinas já disponíveis estimulam o sistema imune e aumentam a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão e melanoma.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
24/10/2025 - 14:45
Vacina bivalente da Pfizer contra a Covid-19 em Pernambuco — Foto: Lucas Rezende/Divulgação

Vacina bivalente da Pfizer contra a Covid-19 em Pernambuco — Foto: Lucas Rezende/Divulgação

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Um dos maiores enigmas da oncologia moderna é entender por que as imunoterapias não funcionam para todos os pacientes. Agora, um estudo, apresentado no Congresso de Oncologia de Berlim e publicado na revista Nature, indica um caminho inesperado: vacinas de mRNA contra a Covid-19 — como as da Pfizer/BioNTech e da Moderna — podem “acordar” tumores resistentes e torná-los mais sensíveis a tratamentos imunoterápicos.

Pesquisadores do MD Anderson Cancer Center e da Universidade da Flórida descobriram que essas vacinas provocam uma intensa resposta do tipo interferon, uma molécula-chave do sistema imunológico, que ajuda as células de defesa a reconhecer e atacar o câncer.

O efeito foi observado tanto em experimentos com animais quanto em grandes coortes de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC) e melanoma metastático.

Efeito real: sobrevida quase dobrada
Os pesquisadores analisaram mais de 880 pacientes tratados entre 2015 e 2022. Aqueles que receberam uma vacina de mRNA contra a Covid até 100 dias antes ou depois do início da imunoterapia tiveram ganhos expressivos de sobrevida.

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  • Em pacientes com câncer de pulmão avançado, a sobrevida mediana aumentou de 20,6 para 37,3 meses.
  • A taxa de sobrevivência em três anos subiu de 30,8% para 55,7%.
  • Em casos de melanoma metastático, o risco de morte caiu quase 60%.

Esse benefício não foi visto em quem recebeu vacinas contra influenza ou pneumonia no mesmo intervalo, reforçando que o estímulo observado é específico da tecnologia de mRNA.

Segundo o oncologista Stephen Stefani, da Oncoclínicas e da Americas Health Foundation, o estudo traz uma evidência inédita de como as vacinas de mRNA podem modificar o microambiente tumoral, tornando as células cancerígenas mais “visíveis” ao sistema imunológico.

“Os autores foram extremamente cuidadosos. Eles conseguiram resgatar uma quantidade significativa de pacientes com câncer e avaliaram a exposição à vacina para Covid de plataformas de mRNA — que é justamente o que gerou tanta discussão durante a pandemia”, explica Stefani.

“Esses pacientes vacinados aumentavam a expressão de uma proteína chamada PD-L1 no tumor. O PD-L1 é como uma capa de invisibilidade: ele camufla a célula tumoral, impedindo que o sistema imune a reconheça. As drogas anti-PD-L1, como o pembrolizumabe, tiram essa capa. Então, quando há mais PD-L1, o alvo da imunoterapia fica mais claro e o tratamento se torna mais eficaz.”

Em termos simples, a vacina “reprograma” o sistema imune para que ele volte a identificar o tumor. O mRNA — a molécula que ensina o corpo a produzir a proteína do coronavírus — provoca uma onda de interferon tipo I, que desperta células apresentadoras de antígenos (como macrófagos e dendríticas).

Elas passam a exibir fragmentos de proteínas tumorais aos linfócitos T, que então aprendem a atacar o câncer.

O estudo confirmou vários mecanismos pelos quais a vacina de mRNA aumenta a expressão de PD-L1, segundo Stefani.

“Isso precisa fazer parte das estratégias para driblar resistências intrínsecas ao tratamento. Já sabíamos da importância dos anti-PD-L1, mas agora sabemos que pacientes expostos à vacina têm respostas melhores a esse tipo de imunoterapia”, diz.

Efeito de ‘reinicialização’ imune
Nos experimentos com camundongos, o time americano reproduziu a fórmula da vacina da Pfizer e mostrou que ela ativa fortemente o interferon — um sinalizador que funciona como um “grito de alarme” para o sistema imune.

Essa resposta inflamatória controlada ativa uma cascata de células imunes e faz com que tumores antes “frios” (pouco infiltrados por linfócitos) se tornem “quentes”, respondendo melhor às drogas de bloqueio de pontos de checagem, como anti-PD-1 e anti-PD-L1.

Stefani resume o fenômeno:

“A imunoterapia expõe o tumor — ela tira o disfarce das células cancerígenas. Quando a vacina de mRNA aumenta o PD-L1, ela, na verdade, cria um alvo mais assertivo. É como se ajudasse o sistema imunológico a identificar melhor as células que precisam ser desmascaradas.”

Mais PD-L1, mais resposta
Nos humanos, os cientistas constataram o mesmo efeito. Em amostras de 2.300 biópsias de câncer de pulmão, pacientes vacinados nos 100 dias anteriores à coleta apresentaram 24% mais PD-L1 nos tumores — e foram 29% mais propensos a atingir o limiar que permite o uso de imunoterapia isolada, sem quimioterapia.

“O estudo também mostra que existe um momento ideal para vacinar”, reforça Stefani. “Quanto mais recente e robusta a imunidade, melhor a resposta ao tratamento oncológico subsequente.”

Implicações e próximos passos
Os autores destacam que a descoberta não significa que vacinas da Covid-19 tratem o câncer, mas sim que a tecnologia de mRNA pode ser um potente modulador imune, útil para aumentar a eficácia da imunoterapia — especialmente em tumores que hoje não respondem bem.

“Esse trabalho abre uma nova avenida para a oncologia de precisão”, afirma Stefani. “Talvez, no futuro, protocolos combinem vacinas de mRNA não apenas contra o vírus, mas desenhadas para reprogramar o sistema imune em benefício do tratamento do câncer.”

Por: G1 Saúde

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