O lipedema é uma condição que vai muito além da aparência. Trata-se de uma doença crônica e inflamatória, marcada pelo acúmulo anormal de gordura, especialmente nos quadris e pernas, e que afeta, principalmente, mulheres. Para o cirurgião vascular Herik Oliveira, especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, a alimentação tem papel essencial tanto no alívio dos sintomas quanto na resposta ao tratamento.
“É importante que o paciente tenha uma dieta rica em alimentos de ação anti-inflamatória”, orienta o médico.
Lipedema: veja os alimentos para incluir na dieta
- Peixes como salmão e sardinha, fontes de ômega-3, são aliados importantes.
- Azeite de oliva, cúrcuma e gengibre, conhecidos por ajudar a reduzir inflamações no organismo.
- As frutas vermelhas, como morango e framboesa, e os vegetais verdes — couve e espinafre — aparecem entre os mais recomendados por seu poder antioxidante. “Esses alimentos ajudam a combater o estresse oxidativo e melhoram a circulação”, explica Oliveira.
- Alimentos ricos em água e fibras são fundamentais. Melancia, abacaxi, chás diuréticos como cavalinha e chá verde, e fibras vindas da aveia, linhaça e maçã colaboram para controlar o colesterol e aumentar a saciedade.
- Proteínas magras, como ovos, queijos brancos e frango, completam o cardápio ideal — desde que acompanhadas da redução de gorduras e do afastamento de itens inflamatórios. “É preciso evitar lactose, açúcar, glúten, álcool, excesso de café, enlatados, embutidos e alimentos com conservantes”, reforça o especialista.
Herik Oliveira destaca ainda que o tratamento do lipedema exige acompanhamento multidisciplinar. Médicos, fisioterapeutas e nutricionistas trabalham juntos para controlar peso, equilibrar hormônios, melhorar a drenagem linfática e garantir resultados duradouros.
“O lipedema não tem cura, mas tem controle. E a alimentação é uma das chaves mais poderosas para isso”, conclui o cirurgião.
Por: Metrópoles






