O Acre conta atualmente com 1,8 médico para cada mil habitantes, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) com base na Demografia Médica. Embora o índice fique abaixo da média nacional, de 3,07 médicos por mil habitantes, o estado supera a maioria dos vizinhos da região Norte, como Amazonas (1,6), Amapá (1,5) e Pará (1,4). Os dados foram divulgados pelo Centro de Lideranças Públicas (CLP) nas redes sociais.
Os dados, consultados em janeiro de 2024, mostram que o Brasil possui cerca de 630 mil médicos registrados, com a densidade de profissionais crescendo ano a ano. No entanto, o avanço não é homogêneo: as desigualdades regionais continuam marcantes.
Enquanto o Distrito Federal lidera com 6,3 médicos por mil habitantes — mais que o dobro da média nacional —, o Rio de Janeiro (4,3) e o Espírito Santo (3,6) também estão entre os estados com melhor cobertura.
Na outra ponta, Maranhão (1,3), Pará (1,4) e Amapá (1,5) registram as menores proporções, refletindo a escassez de profissionais especialmente nas áreas mais isoladas da Amazônia e do Nordeste.
Mesmo dentro dos estados, a distribuição é desigual: as capitais concentram a maior parte dos médicos, enquanto o interior enfrenta carência de profissionais e dificuldade de fixação.
A média mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 3,7 médicos por mil habitantes, e o recomendado mínimo é um médico para cada mil pessoas — índice que o Acre supera, mas ainda distante do equilíbrio nacional.