Leandro da Silva Rodrigues foi condenado a 46 anos e 8 meses de reclusão pelo feminicídio da ex-namorada, Geovana Souza Silva, de 16 anos, morta a facadas na madrugada de 7 de dezembro de 2024, no bairro Areal, em Rio Branco. A sentença foi proferida após julgamento no Tribunal do Júri, que reconheceu todas as qualificadoras do crime.
Segundo a investigação, Leandro e Geovana mantiveram um relacionamento por cerca de cinco meses e estavam separados havia pouco tempo. Na noite do crime, a jovem conversava com um conhecido quando o ex-companheiro se aproximou e a chamou para conversar.
Temendo o comportamento dele, Geovana levava consigo uma pequena faca. Durante a discussão, Leandro tomou o objeto das mãos da vítima e o quebrou. Quando a adolescente se afastou, de costas, ele a segurou e desferiu ao menos dois golpes com outra faca, atingindo o peito e a clavícula.
O crime foi caracterizado como feminicídio, agravado por motivo torpe, a não aceitação do término do relacionamento, e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.
O Conselho de Sentença, formado por sete jurados, acolheu integralmente a denúncia do Ministério Público do Acre (MPAC), e o juiz presidente do Tribunal do Júri fixou a pena em 46 anos e 8 meses de prisão, em regime inicial fechado.
Leandro foi preso no dia seguinte ao crime, ao tentar fugir pelo telhado de uma residência no bairro Triângulo Novo. Ele já possuía passagens por furto e roubo e, à época do assassinato, estava em liberdade monitorada, mas havia rompido a tornozeleira eletrônica, o que dificultou sua localização pelas autoridades.