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Dor no peito e falta de ar: saiba o que fazer diante de um infarto fulminante

Dor no peito e falta de ar: saiba o que fazer diante de um infarto fulminante

Atendimento rápido reduz danos causados pelo infarto e AVC. Foto: cedida

Um aperto no peito, mal-estar e dificuldade para respirar. Esses são alguns dos sinais que podem indicar o início de um infarto — quadro que, em casos mais graves, pode evoluir rapidamente para a morte, conhecido popularmente como infarto fulminante. Ainda em outubro, dois casos chamaram a atenção em Rio Branco: o do servidor público Leonardo Moreira, de 63 anos, que morreu na manhã no último dia 5 após passar mal durante uma partida de futebol; e o de João Lindemberg Castro do Nascimento, 42 anos, que sofreu um mal súbito enquanto dirigia.

O portal A Gazeta conversou com o cardiologista Odilson Silvestre para ter mais explicações sobre o assunto e, principalmente, para saber quais as principais medidas para evitar uma fatalidade.

O cardiologista Odilson Silvestre explica que o termo “infarto fulminante” não é utilizado pela medicina, mas descreve uma situação em que o problema se agrava em poucas horas. “É um infarto que evolui rapidamente para a morte ou para uma internação em UTI por conta de um quadro de choque. É um infarto mais grave, que pode matar a pessoa em até 24 horas”, detalha.

Segundo o médico, os primeiros sintomas costumam ser sutis: “A pessoa pode começar a sentir uma dor ou desconforto no centro do peito, um aperto, falta de ar e, em alguns casos, pode até perder a consciência.” Diante desses sinais, a orientação é agir rápido.

“A primeira coisa é buscar ajuda em uma emergência capacitada. A rapidez é fundamental, porque no hospital o paciente vai fazer o eletro e começar a receber a medicação adequada”, orienta o cardiologista.

Silvestre explica que, enquanto o socorro não chega, é possível tomar uma medida simples: “Existe uma orientação de tomar um ou dois comprimidos de AS, isso pode ajudar, mas o essencial é ir imediatamente ao hospital.”

Dor no peito e falta de ar: saiba o que fazer diante de um infarto fulminante
Doutor Odilson Silvestre. Foto: cedida

Em casos em que a pessoa perde a consciência, a ação de quem está por perto é decisiva. “Se a pessoa desfaleceu, provavelmente houve uma parada cardíaca. Quem testemunhar deve ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no 192 e iniciar as compressões cardíacas”, ensina.

“A massagem deve ser feita no centro do peito, entre os dois mamilos, pressionando com força cerca de cinco centímetros, a uma frequência de cem vezes por minuto, até a chegada do socorro”, explica o cardiologista.

O médico reforça que o reconhecimento rápido e as primeiras manobras podem salvar vidas. “Saber identificar e agir é fundamental. Cada minuto conta”.

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