Um grupo de astrônomos da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, acredita ter encontrado sinais da existência de um novo planeta no Sistema Solar, com tamanho semelhante ao da Terra.
O estudo, publicado em 21 de agosto na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society: Letters, indica que um corpo ainda invisível – chamado provisoriamente de Planeta Y – pode estar distorcendo o plano orbital de objetos muito distantes de Netuno.
Os pesquisadores analisaram a trajetória de 154 objetos do cinturão de Kuiper, região que abriga milhares de corpos gelados na fronteira do Sistema Solar.
Eles perceberam que, a partir de cerca de 80 unidades astronômicas do Sol (aproximadamente 12 bilhões de quilômetros), o conjunto desses objetos começa a se inclinar em relação ao plano esperado – uma mudança que não pode ser explicada apenas pelos planetas já conhecidos.
Com base em simulações, os cientistas sugerem que um planeta entre o tamanho de Mercúrio e o da Terra, com órbita distante e levemente inclinada, poderia causar esse desvio gravitacional.
O corpo teria uma trajetória com 100 e 200 vezes a distância da Terra ao Sol, muito além de Netuno, e seria difícil de detectar com os telescópios atuais.
Os autores destacam que essa hipótese não é a mesma do “Planeta 9”, proposta em estudos anteriores, mas um objeto diferente, que influenciaria outra região do Sistema Solar. O possível Planeta Y teria uma inclinação de cerca de 15 graus e massa suficiente para “puxar” o plano dos corpos menores ao seu redor.
A equipe acredita que futuros levantamentos astronômicos, como o que será feito pelo Observatório Vera C. Rubin, poderão confirmar se esse planeta realmente existe. Caso seja detectado, ele se tornará o primeiro novo planeta descoberto no Sistema Solar em mais de 170 anos, desde Netuno.
Por: Metrópoles