Grupos de ajuda humanitária começam a intensificar os esforços de socorro a Gaza neste domingo (12/10). Devastada por dois anos de guerra, a região está sob um novo acordo de cessar-fogo, em vigor desde a tarde de sexta-feira (10/10), e precisa de ajuda para se reconstruir.
Os envios foram autorizados após o grupo extremista Hamas confirmar que começará a libertar reféns israelenses na manhã de segunda-feira (13/10).
Ao mesmo tempo, palestinos continuam a retornar às áreas evacuadas pelas forças israelenses em busca de suas casas, a maioria delas reduzidas a escombros. Dos cerca de 2 milhões de palestinos, 90% tiveram que se deslocar durante a guerra.
600 caminhões
Segundo os termos da primeira fase do acordo, a ajuda deve chegar em grande quantidade, diante do quadro de fome generalizada causado pelo bloqueio imposto por Israel. Entidades se preparam para enviar cerca de 600 caminhões com alimentos e suprimentos médicos por dia. Os caminhões terão que ser inspecionados pelas forças israelenses antes de serem autorizados a entrar.
Neste domingo (12/10), dezenas de caminhões cruzam o lado egípcio da passagem de Rafah, mais ao sul de Gaza. O Crescente Vermelho egípcio disse que os caminhões levam suprimentos médicos, tendas, cobertores, alimentos e combustível.
Nos últimos meses, a Organização das Nações Unidas (ONU) e seus parceiros conseguiram entregar apenas 20% da ajuda necessária em Gaza devido aos combates, ao fechamento das fronteiras e às restrições israelenses sobre o que pode entrar.
Entre os obstáculos logísticos para o fornecimento de ajuda aos palestinos, as organizações enfrentaram saques, bombardeios, restrições de Israel e infraestruturas danificada pelos ataques israelenses em Gaza.
Via Metrópoles