10 de outubro de 2025
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

10 de outubro de 2025
Sem resultados
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
Sem resultados
View All Result

Omeprazol: por que o remédio está sendo cortado das receitas e como ele pode ser substituído com segurança

Uso prolongado do medicamento pode causar deficiência de nutrientes e outros efeitos adversos; especialistas explicam quando ele é necessário e quando há alternativas seguras.

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
10/10/2025 - 13:30
Foto: Arquivo/Secom

Foto: Arquivo/Secom

Manda no zap!CompartilharTuitar

Durante décadas, o omeprazol foi sinônimo de protetor gástrico e parecia inofensivo — um comprimido que muita gente tomava todos os dias antes do café da manhã. Mas o entendimento médico sobre ele mudou.

Assim como outros remédios do mesmo grupo, o medicamento interfere na acidez do estômago e no funcionamento do corpo.

“A tendência atual é evitar o uso desnecessário”, explica Débora Poli, médica gastroenterologista do Hospital Sírio-Libanês.

O que é e por que pode ser problemático

Esses medicamentos pertencem à classe dos inibidores da bomba de prótons (IBPs) — fármacos que reduzem a produção de ácido no estômago. Além do omeprazol, fazem parte da categoria o pantoprazol, esomeprazol e lansoprazol e similares. Embora eficazes, eles deixaram de ser vistos como soluções sem risco.

Quando foi lançado, o omeprazol representou um marco no tratamento de úlceras e refluxo.

“Os IBPs revolucionaram o manejo de doenças gástricas, mas o problema é que seu uso se banalizou. Com o tempo, o remédio saiu do consultório e virou rotina. Muitas pessoas começaram e nunca mais pararam, sem reavaliação — o que chamamos de inércia terapêutica”, diz Raphael Brandão, oncologista clínico e diretor da Clínica First.

O alerta não é novo, mas ganhou força com estudos recentes. Segundo a gastroenterologista da Clínica Sartor e membro titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia Karoline Soares Garcia, o uso prolongado do omeprazol pode reduzir a absorção de micronutrientes como ferro, magnésio, cálcio e vitamina B12. A carência desses nutrientes pode causar anemia, fadiga, cãibras e osteopenia.

Aumenta, ainda, o risco de infecção intestinal por Clostridioides difficile, uma bactéria que pode causar diarreia grave. Além disso, incentiva o supercrescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO) e, segundo estudos observacionais, pode estar relacionado a doença renal crônica e fraturas.

“Esses riscos valem para toda a classe dos IBPs. Eles continuam sendo medicamentos eficazes, mas devem ser usados pelo menor tempo possível, sempre com acompanhamento médico”, acrescenta Garcia.

Quando o uso é realmente indicado

RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR

Apesar das restrições, os especialistas reforçam que o omeprazol continua sendo essencial em vários casos. “Ele tem papel importante no tratamento de refluxo gastroesofágico, gastrite, úlceras e infecção por Helicobacter pylori. Ainda é uma medicação de baixo custo e de grande utilidade”, explica Poli.

Há pacientes que precisam usar continuamente — como quem tem esôfago de Barrett, esofagite eosinofílica ou necessidade de gastroproteção por uso crônico de anti-inflamatórios.

“Nessas situações, o médico e o paciente avaliam juntos o risco-benefício”, afirma Poli.

Quem pode trocar por novas opções
Embora essencial em alguns casos, nem todos os pacientes precisam seguir com o omeprazol. Os médicos ressaltam que pessoas com sintomas leves, refluxo intermitente ou sem lesão visível no esôfago podem migrar para tratamentos mais brandos.

“Em quadros leves, é possível reduzir a dose, usar o remédio sob demanda ou trocar por bloqueadores H2, como a famotidina”, explica Brandão.
Esses bloqueadores agem de modo diferente — atuam nos receptores de histamina no estômago — e, embora sejam menos potentes, provocam menos efeitos adversos a longo prazo.

Há ainda opções mais recentes, como os P-CABs (bloqueadores de potássio) — caso da vonoprazana, que tem ação rápida e duradoura. “Ela pode ser uma alternativa em pacientes que não respondem bem aos IBPs, mas ainda é cara e pouco disponível no Brasil”, observa Brandão.

A decisão de prescrever, de cortar ou de substituir o omeprazol deve ser tomada por um médico, e nunca sem supervisão.

Mudanças no estilo de vida fazem diferença
Ainda segundo os especialistas ouvidos pelo g1, há, ainda, casos em que o refluxo pode ser controlado sem medicação.

“Perder peso, evitar deitar logo após comer, reduzir ultraprocessados, álcool e chocolate, e elevar a cabeceira da cama são medidas que funcionam de verdade”, diz Brandão.
Poli reforça que a rotina alimentar também conta: “Comer devagar, mastigar bem e respeitar os horários das refeições pode ser tão eficaz quanto o medicamento em quadros leves”.

Um novo olhar sobre um velho remédio
Para os médicos, o movimento de “cortar o omeprazol” não é uma campanha contra o remédio, e sim uma tentativa de devolver o uso racional a um medicamento que foi, por muito tempo, usado sem critério.

“O omeprazol é um avanço da medicina moderna e tem seu valor, mas como qualquer medicamento, precisa de indicação, tempo e acompanhamento”, resume Karoline Soares Garcia.

Siga 'A Gazeta do Acre' nas redes sociais

  • Canal do Whatsapp
  • X (ex-Twitter)
  • Instagram
  • Facebook
  • TikTok



Anterior

Jovem de 22 anos morre em acidente entre moto e caminhonete na BR-364, em Rio Branco

Mais Notícias

Foto: Felipe Werneck/MMA
3º guia gazeta

A um mês da COP30, Marina defende fundo para florestas tropicais

10/10/2025
Foto: Reprodução
3º guia gazeta

Hamas declara fim da guerra e início de cessar-fogo permanente

09/10/2025
© Virgínia Muniz/CTVacinas
3º guia gazeta

Vacina brasileira contra covid entra na fase final de estudos

09/10/2025
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
3º guia gazeta

Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio estimado em R$ 21 milhões

09/10/2025
A nova legislação inclui não apenas a venda, mas também o fornecimento, o serviço e a entrega de produtos com componentes que possam causar dependência - (crédito: Freepik )
3º guia gazeta

Lula sanciona lei que endurece pena para quem fornece bebida a menores

08/10/2025
Iza e Yuri Lima  • Instagram/Yuri Lima
3º guia gazeta

Iza e Yuri Lima anunciam término um mês após polêmica; relembre

07/10/2025
Mais notícias
Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
  • Receba Notícias no celular
  • Expediente
  • Fale Conosco

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre