O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSol-SP), afirmou durante a cerimônia de posse em Brasília, nesta quarta-feira (29/10), que a proposta de trabalho na função é dialogar “com todo mundo”.
“A proposta é dialogar com todo mundo. Não só com quem já concorda com a gente. Dialogar com os trabalhadores de aplicativos, com os motoristas de Uber, dialogar com os pequenos empreendedores, dialogar com as pessoas em situação de rua, com católicos, com evangélicos, com gente de todas as religiões”, afirmou o novo ministro.
Boulos tomou posse nesta quarta em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O novo ministro foi nomeado para o cargo por Lula na última semana, após o ex-titular Márcio Macêdo deixar o cargo.
A ida de Boulos para a Secretaria-Geral é justamente para promover a interlocução do Executivo com movimentos sociais e organizações da sociedade civil. A expectativa é que o ministro consiga promover a mobilização das bases visando a reeleição do presidente. Inclusive, Boulos aproveitou a oportunidade para fazer um aceno.
“Aos meus companheiros e companheiras do movimento social, minha escola de vida, minha escola de luta. Me ensinaram muitas lições que não aprendi com nenhum professor na faculdade.
A esses companheiros que eu quero honrar como ministro do presidente Lula”, frisou.
Logo no início da fala que fez durante a cerimônia, Boulos pediu um minuto de silêncio em respeito às vítimas da megaoperação realizada nos complexo do Alemão e da Penha, na cidade do Rio de Janeiro, nessa terça-feira (28/10).
Orgulho
No decorrer do uso da palavra, o novo ministro fez questão de ressaltar conquistas do atual governo. “O orgulho que tenho de fazer parte do governo do presidente que tirou o país do Mapa da Fome duas vezes, que abriu as portas desse Palácio [do Planalto] para o povo”, afirmou.
Em determinado ponto, Boulos voltou ao assunto da violência e atribuiu que a “cabeça do crime orgnizado”, muitas vezes, está no centro financeiro do país. “[Lula], o presidente que sabe que a cabeça do crime organizado desse pais não está na favela. Muitas vezes, está na lavagem de dinheiro na Faria Lima”, apontou.
A fala de Boulos sobre o crime guarda relação com a Operação Carbono Oculto, realizada em agosto deste ano, e que desvendou uma série de ações criminosas de movimentação e ocultação de capital na Avenida Faria Lima, famosa avenida paulistana que sedia as mais importantes instituições financeiras do país.
Por: Metrópoles