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Trump autoriza ações da CIA para derrubar Maduro na Venezuela, diz NYT

Trump autoriza ações da CIA para derrubar Maduro na Venezuela, diz NYT

Autorização de Trump tem objetivo de intensificar campanhas para retirar o presidente Nicolás Maduro do poder - (crédito: SAUL LOEB / AFP)

Nesta quarta-feira (15/10), o governo de Donald Trump autorizou secretamente a Agência Central de Inteligência (CIA) a realizar operações secretas na Venezuela, com o objetivo de intensificar campanhas para retirar o presidente Nicolás Maduro do poder. A informação foi revelada por autoridades americanas ao jornal norte-americano The New York Times, sob condição de anonimato.

A medida, descrita como uma “descoberta presidencial”, permite que a CIA conduza ações letais e outras operações encobertas contra o regime da Venezuela, de forma unilateral ou em conjunto com as Forças Armadas dos Estados Unidos.

Nas últimas semanas, o exército dos EUA intensificou ataques a embarcações na costa venezuelana, sob a justificativa de combater o tráfico de drogas, que resultaram em 27 mortes. Apesar do governo Trump afirmar que o intuito era desmantelar o narcotráfico, fontes americanas apontam que a meta principal sempre foi enfraquecer o regime de Maduro e forçar sua saída do poder.

No momento, cerca de 10 mil soldados americanos estão posicionados em bases no Caribe, principalmente em Porto Rico além de navios de guerra e um submarino.

A estratégia desenvolvida pelo então secretário de Estado Marco Rubio e pelo diretor da CIA, John Ratcliffe, busca tornar a agência “menos avessa a riscos” e mais disposta a conduzir ações secretas, conforme promessa feita por Ratcliffe em audiência de confirmação no Congresso. A Casa Branca e a CIA não quiseram comentar o caso ao NYT.

O governo americano ofereceu, ainda, uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levassem à prisão de Maduro, acusado de liderar uma “organização narcoterrorista”. Entretanto, relatórios de agências de inteligência dos próprios EUA contradizem parte dessas acusações, afirmando que não há provas de que o presidente venezuelano controle diretamente grupos criminosos, como a Tren de Aragua.

Trump encerrou as negociações diplomáticas com Caracas no início do mês, frustrado com a recusa de Maduro em renunciar voluntariamente. O ex-presidente justificou a postura ao declarar ao Congresso que o país estava em “conflito armado” com cartéis de drogas considerados “grupos armados não estatais”.

Por: Correio Brasiliense

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