Arthur Santos, de oito anos, morador de Ouro Preto do Oeste (RO), chamou atenção na escola onde estuda ao levar uma mochila em formato de caixão, feita de papelão. A ideia surgiu dele como forma de homenagear o pai falecido, que era agente funerário.
“Ele sempre comenta sobre o pai dele, que ele quer ser como pai, que quer ser dono de funerária. Infelizmente, o pai dele se envolveu num acidente de trânsito e não resistiu. E, querendo ou não, com o passar do tempo, o Arthur sente muito isso”, explica a mãe dele, Darelle Santos.
Inicialmente a ideia da família era fazer uma mochila em formato de máquina de lavar, mas o filho surpreendeu com outro pedido.
“Ele falou: ‘Mamãe, eu não quero uma mochila de máquina de lavar, eu quero um caixão’. Eu até perguntei se ele tinha certeza, porque imaginei que as pessoas iriam questionar. Mas ele insistiu”, relembra.
A família, que trabalha no ramo funerário, chegou a hesitar na ideia, mas decidiu atender ao desejo do menino. Darelle reforça que essa não é uma mensagem sobre tristeza, é sobre ajuda a próximo em momentos difíceis.
“O ramo funerário é visto de uma maneira de tristezas, de choros, mas é um ramo que a gente tem que estar presente, querendo ou não, para estar ajudando o próximo. E o Arthur, ele gosta de estar sempre aqui comigo na empresa, acompanhando tudo, sempre estar ativo”, explica.
Com a ajuda de um tio, o caixão de papelão foi produzido e Arthur realizou o desejo.
“Deu um pouquinho de trabalho, mas ficou bem criativo. Quando ele chegou na escola, foi recebido com risadas, muitas fotos e acabou virando a atração. Ele ficou muito feliz, inclusive tá feliz até hoje, porque não esperávamos essa repercussão toda”, disse a mãe.
Confira:
Por: G1 Rondônia