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Acre tem gasolina mais cara do país, vendida a R$ 7,40 o litro, aponta pesquisa

Acre tem gasolina mais cara do país, vendida a R$ 7,40 o litro, aponta pesquisa

Foto: Reprodução

Enquanto o preço médio da gasolina no Brasil caiu para R$ 6,22 em outubro de 2025 – uma redução de quase 16% em relação a 2022 -, o Acre amarga o topo do ranking nacional, com o litro vendido a R$ 7,40, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgado nesta sexta-feira, 24, pelo Centro de Lideranças Públicas (CLP).

Ainda nesta quinta-feira, 23, após anúncio de redução da Petrobras, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Acre (Sindepac), após solicitação do portal A Gazeta, nesta quinta-feira, 23, afirmou que só será possível saber o impacto nas bombas após a compra de novos estoques de combustíveis.

A situação do Acre contrasta com estados como Maranhão (R$ 5,58), Mato Grosso do Sul (R$ 5,76) e Goiás (R$ 5,94), onde os motoristas pagam bem menos pelo mesmo combustível. Entre os mais caros, o Acre é seguido por Amazonas (R$ 6,99) e Roraima (R$ 6,95) — reflexo, em parte, da venda da Refinaria de Manaus e de sua influência sobre a economia da região Norte.

Em junho de 2022, o Brasil havia atingido o recorde histórico no preço da gasolina: R$ 7,39 o litro em média nacional, chegando a ultrapassar R$ 7,60 em estados como Pará e Bahia. Mesmo com a redução emergencial do ICMS aprovada às vésperas das eleições daquele ano, o combustível seguia pesando no bolso dos consumidores.

A nova política de preços adotada pela Petrobras, menos atrelada ao mercado internacional, e a estabilização dos custos de produção ajudaram a conter a escalada. Em paralelo, o poder de compra do salário mínimo também melhorou: em 2022, ele permitia comprar apenas 164 litros de gasolina; em 2025, são 244 litros, o que representa um ganho significativo ao consumidor.

Nos últimos dez anos, o preço da gasolina no Brasil subiu 62,8%, passando de R$ 3,82 em 2015 para R$ 6,22 em 2025 — ainda um patamar elevado, mas que indica certa normalização após o caos dos anos de pandemia e volatilidade do petróleo.

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