“Então eu estou aqui. Daqui eu não saio mais”, diz Zuleide Coelho, com um sorriso de orelha a orelha. Ela é uma das idosas que frequentam o Conviva, espaço especializado no atendimento à terceira idade, inaugurado em 2022 na Rua Goldwasser Santos, no bairro Bosque, em Rio Branco. Criado por três mulheres com muita persistência, o local surgiu para oferecer aos idosos um ambiente seguro, acolhedor e cheio de atividades que estimulam corpo e mente.

O espaço funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e os idosos chegam acompanhados de seus familiares. Ao longo da semana, eles participam de uma rotina estruturada com atividades variadas e adaptadas às suas necessidades. Com um olhar atento e cuidadoso, o convívio no local incentiva os idosos a aproveitarem de forma plena esta fase da vida.
“O Conviva nasceu a partir da união de três mulheres: Ceres Fernandes, Socorro Freitas e Silvana Armani. Elas, na pandemia, naquela crise em que todo mundo estava desesperado, tiveram a ideia de trazer uma novidade. E essa novidade era esse espaço, o Conviva, criado para dar ao idoso a opção de viver uma nova história. Então elas se juntaram e tiveram a ideia de criar uma creche para a terceira idade. E aí elas acabaram me conhecendo, e eu super me identifiquei. Vim para somar e contribuir com esse projeto”, conta Atilania Almeida, coordenadora do espaço.

Nos primeiros dias após a inauguração, em 2022, o Conviva recebeu apenas um idoso. Na semana seguinte, já eram cinco, e desde então o número de frequentadores só cresceu, transformando o local em referência de acolhimento e cuidado, uma espécie de “creche para idosos”.
Além das atividades, o espaço também acolhe idosos de longa permanência. Atualmente, nove pessoas moram no Conviva, que atua em parceria com as famílias para oferecer cuidado.

Esse cuidado é desenvolvido em parceria com as famílias. Como explica Atilania, o objetivo não é substituir o papel familiar, mas somar esforços. “O Conviva não vai assumir, nem substituir a família, mas ele vai ser um parceiro, junto com a família, vai proporcionar ao idoso cuidado, carinho, atenção”, reforça.
O Conviva não impacta apenas a vida dos idosos, mas também transforma a realidade de quem trabalha ali. O educador físico Max Nunes relatou que encontrou no espaço uma forma de ressignificar sua própria história.
“Perdi um ente querido, a minha bisavó, a minha avó, que eram pessoas muito importantes para mim e de quem eu também cuidava no dia a dia. E o Conviva veio para agregar ainda mais esse amor, esse cuidado que tenho pelo idoso.”

Outro profissional que compartilha do mesmo sentimento é o professor de dança Jonathan Rebouças, presente no projeto desde o início. Ele ressalta o caráter terapêutico da dança e da música no cotidiano dos idosos, mas também reconhece o quanto o trabalho o transforma pessoalmente.
“A gente coloca a dança muito mais do que como performance: a dança como terapia, já que ela tem o poder de ajudar e contribuir significativamente com a vida de cada um deles. A dança sai muito desse aspecto de simplesmente dançar por dançar. No momento em que estamos ali, naquela troca. Então, eu sou muito feliz com esse espaço. Tenho certeza de que tenho aprendido tanto quanto ensinado”, afirma.

O Conviva se tornou referência em acolhimento e cuidado, mostrando que a terceira idade também pode ser vivida com alegria, saúde e participação ativa. Para mais informações ou visitas, o contato pode ser feito pelo telefone: (68) 99209-6443.

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