Após mais de dez dias de dificuldades no abastecimento de água na capital acreana, provocadas pela alta turbidez registrada na Estação de Tratamento de Água II (ETA II), a Defesa Civil de Rio Branco colocou em ação um plano de contingência para garantir o fornecimento de água a serviços públicos essenciais, como unidades de saúde, escolas, presídios e delegacias. As informações foram confirmadas À GAZETA neste sábado, 25.
De acordo com o coordenador Municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, a medida é uma resposta emergencial à situação enfrentada pelo Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), que reduziu temporariamente o fornecimento devido à grande quantidade de lama e balseiros nos rios que abastecem a cidade.
“Nós estamos com essa situação na cidade, com alguns lugares faltando água pela dificuldade que o Saerb está tendo de fazer o tratamento. A turbidez está muito alta”, explicou Falcão. “Então, nós, defensivamente, precisávamos ter um plano de contingência para não deixar que a população tivesse um impacto ainda maior do que o de faltar água em casa — que seria, por exemplo, ver um posto de saúde fechado porque não tem água.”
O plano, segundo o coordenador, prioriza o abastecimento de locais que prestam serviços essenciais, evitando a interrupção de atividades fundamentais. “Focamos nesses locais: delegacias, presídios, escolas, hospitais e postos de saúde. Toda vez que tiver uma situação dessa, a Defesa Civil atua”, disse o tenente-coronel.
Na quinta-feira, 23, a medida foi colocada em prática quando o Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) ficou sem água. “Assim que fomos informados, já preparamos caminhões e fizemos o abastecimento através do Saerb. Pegamos os caminhões, abastecemos e levamos a água para que o prédio não parasse o funcionamento”, relatou Falcão.
Situação começa a normalizar
O Saerb informou que o sistema de abastecimento está em processo de normalização, após registrar níveis de turbidez inéditos entre os dias 11 e 20 de outubro — chegando a 2.000 Unidades Nefelométricas de Turbidez (UNT), enquanto a capacidade máxima das estações é de 800 UNT.
Atualmente, a ETA II já opera em sua capacidade máxima, de 1.000 litros por segundo, e a ETA I produz 578 litros por segundo, de um total de 600.
Mesmo com a melhora gradual, o coordenador da Defesa Civil alerta que o plano continuará ativo enquanto houver risco de instabilidade no sistema de abastecimento. “Nossa prioridade é garantir que os serviços essenciais continuem funcionando. A população pode ter a certeza de que estamos atentos e preparados para agir sempre que necessário”, reforçou Falcão.






