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A fé é um sentimento que, muitas vezes, parece inexplicável, mas que se manifesta de maneira profunda na vida de quem acredita. Ela não pode ser vista ou tocada, mas se revela na confiança de que o impossível pode acontecer. É essa crença no favor divino que move pessoas a persistirem, mesmo diante das incertezas e dos medos. E, quando a fé se concretiza em forma de bênçãos ou curas inesperadas, chamamos isso de milagre. A fé de uma avó na cura do neto, diagnosticado com câncer, a moveu a fazer uma promessa a Nossa Senhora Aparecida: se ele fosse curado, dali em diante ela só usaria azul e branco, as cores do manto sagrado.
Essa história e testemunho pertencem a Diva Brito, empresária de 55 anos. Há cerca de oito anos, o neto dela foi diagnosticado com leucemia. Para o tratamento, o menino, que na época tinha cinco anos, foi transferido para o Hospital do Amor, em Barretos (SP). Em um momento de reflexão e oração, dona Diva decidiu prometer a Nossa Senhora que, se ela intercedesse pela cura da criança, ela usaria apenas as cores do manto sagrado – azul e branco.
Na época, o quadro era grave. “Ele saiu de Rio Branco com apenas 30% de chance”, relembra Diva, emocionada. Após a confirmação do diagnóstico, em São Paulo, o menino iniciou um tratamento experimental recém-chegado ao Brasil. Foram meses de internação, sessões intensas de quimioterapia e passagens pela UTI.

“Eu lembro que estava vindo para a empresa, era umas 10h da manhã, fazia um calor danado, e eu estava no celular com a minha filha, mãe do meu neto. Na época, ela estava grávida e disse: ‘eu tenho fé em Deus que meu filho vai se curar’. Então, eu parei o carro na Amadeo Barbosa, e na chave do meu carro tinha uma imagem de Nossa Senhora, eu peguei e falei, implorei, que se meu neto fosse curado, com a intercessão dela para com Deus e que, a partir dali, eu só usaria as cores do manto sagrado, que é azul e branco”, conta.
A avó relembra que o neto iniciou um tratamento longo e doloroso contra a leucemia, marcado por sofrimento e fragilidade. Ela conta que o menino emagreceu muito, como costuma acontecer com pacientes que enfrentam a doença. Com a melhora progressiva e o fim do tratamento, os médicos confirmaram a remissão da doença. Desde então, Diva cumpre sua promessa: todas as suas roupas são nas cores azul e branco.
“E eu falei, a partir do momento que o médico dissesse que ele está curado, através da minha fé, através de Nossa Senhora, eu só iria usar azul e branco. Aí tu me perguntas, até quando? Para sempre, tanto é que, às vezes, eu olho assim para uma peça de roupa de outra cor, e aí penso: não, eu não vou usar, porque a minha promessa foi atendida, meu propósito, então eu não posso abrir mão. Eu poderia ter feito para ele receber, fazer, mas, como avó, eu é que tenho que cumprir, como a gente foi atendido, então é para sempre o meu propósito”, explica.

Ela conta que hoje sente profunda gratidão, principalmente a Deus e Nossa Senhora Aparecida, a quem atribui a recuperação do neto. Diz ter muita fé de que o problema de saúde dele nunca volte e reconhece que a cura foi um milagre alcançado por meio da oração. Recorda que, após tudo o que aconteceu, a família viajou junta para Aparecida, cidade no interior de São Paulo, conhecida pelo Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, onde assistiram a uma missa em agradecimento.
“A gente foi assistir uma missa, os pais dele, meu genro, minha filha, tinha mais um casal de amigos. E ele, meu neto, sempre atento, ele é muito religioso, muito católico, me acompanha sempre na igreja. Porque, além de avó, eu também sou ministra da Eucaristia na minha paróquia, então, ele me acompanha. Ele também acredita que foi curado também através de Nossa Senhora, e foi muito importante para ele, para nós, irmos juntos pagar essa missão lá em Aparecida”, relembra Diva.
Mesmo após esses anos, Diva mantém viva a fé que a sustentou durante o período mais difícil da vida. “Rezo todos os dias, pedindo proteção para os filhos, netos e para quem precisa. A oração é o que nos mantém firmes”, finaliza.
