Campeão da edição deste ano do Mr. Olympia, o fisiculturista Ramon Dino é natural do Acre e provavelmente é familiarizado com duas variantes de feijão típicas da região, que contam uma teor proteico muito acima da média. Obviamente, não achamos que você vai conseguir um corpo feito o do fisiculturista apenas trocando de feijão, mas a variante é uma excelente opção para quem quer aumentar seu consumo de proteínas sem ter que comer mais carne.
De acordo com o Canal Rural, um estudo inédito feito no Vale do Juruá, no Acre, descobriu que os feijões-caupi costela-de-vaca e manteiguinha branco têm teores de proteína de até 27%. Em comparação, a maioria das variedades de feijão têm níveis por volta dos 20%.
Essas duas variantes são cultivadas por agricultores familiares que ainda usam sistemas agrícolas tradicionais. A maior parte das plantações acontece nas praias dos rios da região no período seco.
O que explica diferenças nutricionais entre variantes de feijão?
A descoberta aparece na tese de doutorado “Qualidade nutricional e armazenamento de feijões do Juruá no Acre”, da professora do Instituto Federal do Acre (Ifac), Guiomar Almeida Sousa, orientada por Amauri Siviero, pesquisador da Embrapa Acre. Por três anos, foram analisadas 14 variedades de feijão cultivadas no Acre.
Segundo a autora da tese, as diferenças na composição nutricional entre diferentes espécies de feijão está ligada à “diversidade de ambientes e manejo da agricultura local”. “Essas variedades possuem pouco ou nenhum estudo, o que mostra que ainda temos muito a aprender sobre elas”, afirmou a pesquisadora, segundo o Canal Rural.
Por: Diário do Comércio