Consolidando-se como um dos mais importantes palcos de exibição e celebração das narrativas audiovisuais produzidas pelos Povos Originários, o Festival de Cinema Indígena Itinerante – FestCine Originários – encerrou sua programação de 2025 na última segunda-feira, 13, em Rio Branco.
Superando todos os desafios de logística e econômicos, o FestCine Originários promoveu uma jornada intensa, que levou a magia do cinema indígena a diversos territórios, desde aldeias isoladas até importantes centros culturais e seminários internacionais.
O ponto alto da programação de 2025 foi a capilaridade da mostra, que cruzou fronteiras geográficas e institucionais. O festival começou a ganhar destaque ainda em junho, durante a sua participação o Seminário Internacional Txai Amazônia. Mas, a estreia oficial foi realiza na COParente, também em junho – atividade preparatória para a COP30, que contou com presença ilustre da ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara.
Dando sequência à celebração, o FestCine Originários levou suas telas e histórias diretamente para o coração da cultura indígena, vibrando no Mariri Yawanawá 2025. Segundo a organização, a participação do festival em mais uma edição do Mariri, promovido na Aldeia Mutum [TI do Rio Gregório/Povo Yawanawa] permitiu que os filmes fossem vivenciados em seu contexto original, reforçando o poder da arte como instrumento de memória e resistência.
O ciclo de exibições da edição 2025 chegou ao fim oficialmente em outubro, com o encerramento realizado na Filmoteca Pública do Acre, em Rio Branco. O evento final celebrou a rica trajetória da mostra e a receptividade do público, que lotou as sessões ao longo dos meses.
Para idealizador do projeto, Moisés Alencastro, esta segunda edição foi um sucesso, tanto pela qualidade dos filmes exibidos quanto pelo alcance da mostra. “Nossa jornada em 2025 foi além das expectativas, levando as vozes e as imagens dos nossos parentes a lugares onde o cinema é, antes de tudo, um ato de comunicação e de vida. Do Mariri à Filmoteca, a repercussão foi imensa”, afirmou um representante da organização.
A boa notícia é que a terceira edição do festival já está sendo gestada. O sucesso de 2025 garante a continuidade do projeto em 2026.
Financiamento e apoio
O Festival de Cinema Indígena busca ecoar as vozes e narrativas dos povos originários, oferecendo um panorama da produção audiovisual que transcende fronteiras.
O projeto conta com o apoio do Governo Federal e da Prefeitura de Rio Branco, por meio do Ministério da Cultura e da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil (FGB), com financiamento da Lei Aldir Blanc (2024).
A edição de 2025 também contou com a parceria do deputado estadual Edvaldo Magalhães, da Chapeleira Sole Lua (@chapelaria_solelua) e da Associação Sociocultural Yawanawa (@ascyawanawa).